Após uma variação de 4% ao ano, em
2016, a evolução do seguro de pessoas apresenta projeções melhores
para 2017. A informação é o destaque da edição de janeiro da Carta
Conjuntura do Setor de Seguros, publicação mensal assinada
pelo Sincor-SP.
O aumento da confiança em diversos
setores, em conjunto com a previsão da reforma da previdência,
sinalizam um momento de avanço que levará implicações diretas nos
setores de seguros de vida e previdência privada. “Se antes não
estava clara a importância de o corretor de seguros apostar nos
ramos de pessoas, conhecer melhor e oferecer os produtos de vida e
previdência para seus clientes, chegou a hora. A longevidade é
assunto recorrente e facilita a formação da cultura do seguro no
brasileiro”, defende o presidente da entidade, Alexandre
Camillo.
Para o sindicato, a melhora no
comportamento da economia brasileira em 2017 gera boas
expectativas. Embora, os números econômicos do País, em 2015 e
2016, não tenham sido os melhores, a previsão é mais otimista para
2017. As previsões atuais sinalizam uma inflação de 4,5%, um
crescimento econômico de 0,5% e um dólar em dezembro de R$ 3,50,
segundo o estudo.
As expectativas positivas do setor já
são refletidas no aumento do número de corretores no Estado. De
acordo com o estudo, o número de profissionais passou de 36 mil em
janeiro de 2016 para mais de 40 mil no mesmo período deste ano. Em
média, são dois mil novos corretores ou corretoras por ano
trabalhando para o crescimento do mercado. A atuação desses
profissionais nos ramos de vida, saúde e previdência correspondem a
20% de toda atuação do mercado.
Nos ramos típicos de seguros (por
exemplo, automóvel, pessoas, residencial, empresarial, etc.), ainda
sem considerar as operações de saúde suplementar, a variação
acumulada foi positiva em 2%. Como comparação, em todo ano de 2015,
esse mesmo número foi 5%, também positivo. Já nos produtos do tipo
VGBL, a variação acumulada no ano, em comparação ao mesmo período
de 2015, é mais de 18%. Em 2016, o patamar ultrapassou R$ 780
bilhões, com variação 20% no exercício.
Rentabilidade
O estudo apresenta ainda um declínio
na rentabilidade acumulada das empresas desde 2014. Os números de
2013 a 2015 indicam que houve queda na rentabilidade acumulada das
empresas (17% para 10%, respectivamente). Em seguradoras, a
variação foi um pouco menos intensa, de 13% para 11%. Apesar dessa
variação, pode-se dizer que o lucro líquido ficou parcialmente
satisfatório, sobretudo devido às circunstâncias em que vivia a
economia. Como houve diminuição no patrimônio líquido acumulado do
setor, isso acabou proporcionando uma taxa de rentabilidade (lucro
líquido/patrimônio líquido) até mais favorável, nos valores totais
das companhias.
Na análise parcial de 2016, chegou-se
à conclusão que a rentabilidade do setor sofreu de forma mais
intensa e, em termos nominais, quebrou a tendência de crescimento
de anos anteriores. Por exemplo, o montante acumulado de lucro
líquido caiu 9%, de R$ 22,2 bilhões para R$ 20,2 bilhões.
A expectativa é que esse saldo em
2017, com o crescimento da economia no ano, comece a apresentar
melhoras.