“Tem carro que é recuperado, mas está depenado, carro alvejado,
destruído porque foi utilizado em fuga”, diz seguradora
O Sindicato das Seguradoras do Espírito Santo e Rio de Janeiro
registrou um aumento de 200% no número de acionamentos se comparado
aos números das últimas duas semanas. Os acionamentos são feitos
por clientes de seguradoras que tiveram o carro furtado ou roubado
no Espírito Santo nos últimos sete dias.
Segundo o presidente da entidade, Roberto Santos, o sindicato
percebeu que antes da crise na segurança pública, a recuperação dos
veículos era de 70%, ou seja, de casa dez carros roubados ou
furtados, sete eram recuperados, mas a realidade mudou.
“Hoje, com a falta de policiamento, a recuperação é zero. O que
percebemos é que o carro não é o produto fim do roubo, ele é
utilizado para cometer arrombamentos e transportar os produtos que
são furtados e depois estes veículos são abandonados”.
Roberto Santos afirma que, apesar dos impactos da crise na
segurança pública, o valor dos seguros não será alterado. “Como
esta realidade está acontecendo há uma semana e não é um caso
crônico, esperamos que a situação se restabeleça em breve, não
haverá impacto nos valores dos preços dos seguros contratados”.
O gerente empresa de seguros HDI, Rodrigo Rolim Rocon, afirma
que antes da crise, locais onde havia o registro de dois furtos ou
roubos de veículos, hoje registram 17 casos. Para ele, o prejuízo
financeiro para a seguradora é enorme.
“Com o aumento de 850% nas ocorrências da seguradora, temos
registrado um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão. Tem carro
que é recuperado, mas está depenado, carro alvejado, destruído
porque foi utilizado em fuga e casos em que o cliente liga para a
gente passando a localização do veículo, mas não tem como recuperar
sem o policiamento”, disse.