Um levantamento da Agência Nacional
de Saúde (ANS) mostra que o número de clientes de planos de saúde
em Campinas (SP) teve uma queda de 9% em março deste ano em
comparação com o mesmo período de 2015. Eram 665 mil usuários no
ano passado contra 605 em 2016.
O montador de móveis Heraldo de
Freitas conta que agora que está desempregado só resta recorrer ao
Sistema Único de Saúde (SUS). "Antes tinha o convênio, né? A gente
marcava antecipado a consulta. Eu fazia fisioterapia do ombro e da
coluna, porque eu tenho problema, aí a gente conseguia rápido pelo
convênio. Agora é difícil, por enquanto, eu não passei em
ortopedista ainda, porque demora de 3 a 4 meses para passar",
destaca.
Queda
O número de pessoas dependentes dos planos de saúde foi o mais
baixo dos últimos cinco anos, segundo a ANS.
Com a crise econômica, mais de 60
mil pessoas deixaram de ser beneficiárias desse tipo de serviço em
Campinas.
Já na Região Metropolitana de
Campinas (RMC), mais de 100 mil pessoas deixaram de ter convênio
médico.
No país em 2012, os planos tinham
1.354 milhão de usuários, no entanto, neste ano, o índice chegou a
1,3 milhão.
Alternativas
A secretaria de Saúde de Campinas disse que neste período registrou
um aumento de 10% na procura por atendimento em todas as unidades
do município.
O presidente de uma cooperativa de saúde José Windsor Rosa destaca
que os números caíram principalmente do ano passado para cá. Ele
afirma que para enfrentar a crise, foi preciso criar planos mais
baratos.
"Em 2014 nós crescemos 6%, no ano
passado, 2015, nós crescemos 2,9% e a projeção que a gente fazia
para este ano é que o crescimento seria próximo de 0. Então, desde
o ano passado estamos desenvolvendo e fazendo estudos para novos
planos", conclui.