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Veja o esquema de saúde montado para a Olimpíada no Rio

Fonte: G1 Data: 15 julho 2016 Nenhum comentário

O sistema de saúde pública organizado para atender as ocorrências da Olimpíada no Rio de Janeiro prevê o dobro de atendimentos que foram realizados dentro de instalações olímpicas ao longo dos Jogos de Londrers, em 2012. De acordo com a previsão da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, 22 mil pessoas devem buscar atendimento dentro do perímetro onde estarão sendo realizadas as competições.

O esquema de saúde prevê que as unidades de referência para o público que irá assistir as competições sejam os hospitais municipais da cidade: Lourenço Jorge, Miguel Couto, Souza Aguiar, Salgado Filho e Albert Schweitzer; além das Coordenações de Emergência Regional da Barra da Tijuca, do Leblon e do Centro e a Unidade de Pronto Atendimento do Engenho de Dentro.

O encaminhamento acontecerá de acordo com a zona de competição. Na área do Maracanã, os hospitais que atenderão as ocorrências são o Salgado Filho, no Méier, e o Souza Aguiar, no Centro. Em Copacabana, que receberá as provas de maratona aquática e triatlo, e na Lagoa, que receberá as provas de canoagem, as ocorrências serão encaminhadas para o Hospital Miguel Couto. Na Barra da Tijuca, onde está o Parque Olímpico, o campo de golfe e o Riocentro, que receberá as provas de levantamento de peso; a unidade de referência é o Hospital Lourenço Jorge. Em Deodoro, onde está o Parque Radical e onde vão acontecer as provas de hipismo, as ocorrências serão encaminhadas, principalmente, para o Hospital Albert Schweitzer.

Para o evento, as unidades de saúde receberam melhorias com o objetivo de melhorar e ampliar o atendimento aos visitantes. O Hospital Souza Aguiar foi totalmente climatizado e a sala de atendimento para múltiplas vítimas passou por reformas. A unidade também recebeu um novo tomógrafo, equipamentos do centro cirúrgico, respiradores, aparelho de ultrassonografia e macas.

Na quinta-feira (14), o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, ganhou uma nova emergência após um período de reforma. O local ganhou alas exclusivas para o atendimento de emergências para adultos, crianças e gestantes. A ideia é que a reforma beneficie 15 mil pessoas por mês.

Já o Hospital Municipal Miguel Couto recebeu reforma da sala de trauma e, em julho, três leitos de isolamento de altíssimo padrão serão entregues, para o caso de isolamento de pacientes em caso de suspeita de introdução de alguma nova doença.

Uma vistoria do Conselho Regional de Medicina do Rio verificou diversas irregularidades no Hospital Salgado Filho. Entre os problemas estão a superlotação, falta de acomodação para crianças e medicamentos fora do prazo de validade, como mostrou o G1.

Secretário: cidade está preparada
Em entrevista ao G1 no dia sete de julho, o secretário de Saúde, Daniel Soranz, a cidade está preparada para receber um grande número de visitantes e lidar com qualquer problema que possa surgir.

"A cidade está totalmente preparada e a Secretaria Municipal de Saúde tem experiência na preparação de eventos de massa, como o Pan, Jogos Mundiais Militares, a Jornada Mundial da Juventude, o Réveillon e o carnaval, por exemplo", afirmou Soranz.

O secretário afirmou que o plano para o evento foi elaborado com antecedência.

“Nosso plano de ação foi elaborado há quatro anos, em parceria com os poderes federal e estadual. Mais de 15 mil profissionais estão envolvidos”, enfatizou o secretário.

Sobre a necessidade de atendimento imediato, ele citou que postos de atendimento à população serão instalados em vários pontos da cidade e que as demandas da maioria dos visitantes será plenamente atendida porque é de baixa complexidade.

“A maioria dos problemas que os turistas têm geralmente é de baixa complexidade, e eles podem procurar as clínicas da família e centro municipais de saúde, com padrão internacional de atenção primária”, afirmou o secretário.

Mais de 140 ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde reforçarão o serviço do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e serão operadas pela Secretaria Estadual de Saúde, com recursos de R$ 30 milhões que foram repassados pelo Fundo Nacional de Saúde.

Prevenção de novas doenças
A possibilidade de que novas doenças sejam introduzidas no território brasileiro também faz parte das preocupações da Olimpíada e Paralimpíada no Rio. Pelas competições acontecerem no período do inverno, há a preocupação de que os postos de saúde tenham vacinas para doenças que estão erradicadas na cidade, mas não em outros países, como o caso do sarampo, rubéola e a poliomielite, por excemplo. A gripe também é uma preocupação, já que a doença é uma das principais causas de internações nesta época do ano, como informa a Secretaria Municipal de Saúde.

Os profissionais de saúde também receberão mais informações sobre as doenças que devem ser obrigatoriamente notificadas às autoridades e devem permanecer em contato com o Centro de Informações Estratégicas e de Vigilância em Saúde (CIEVS).

Todos os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde estarão em atividade no período olímpico para atender a demanda da cidade e dos visitantes, já que há a previsão de aumento no número de atendimentos.

A Policlínica Olímpica, que ficará dentro da Vila dos Atletas, atenderá os competidores, comissões técnicas e outros membros das delegações e da força de trabalho da Rio 2016. O local conta com equipamentos de exames novos que ficarão para o sistema de saúde pública da cidade após as competições.

Caso seja necessária alguma internação, dois hospitais privados firmaram convênios com os organizadores para o atendimento: os hospitais Samaritano da Barra e Vitória.

 

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