Números reforçam a importância
do setor de saúde suplementar no atendimento à população
brasileira
A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) publicou, na última terça-feira (12/7), mais uma
edição do Mapa Assistencial, que apresenta informações sobre o
atendimento prestado pelas operadoras de planos médico-hospitalares
e odontológicos no País. Em 2015, o segmento realizou mais de 1,4
bilhão de procedimentos clínicos.
Diante dos indicadores do Mapa
Assistencial, confirma-se que não há problemas de acesso à saúde
suplementar. “Somente em 2015, foram realizados quase quatro
milhões de procedimentos por dia, como consultas, exames,
internações e procedimentos de alta complexidade realizados pelo
setor”, afirma Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da
Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) – entidade
representativa de operadoras de planos e seguros de assistência
médica.
A executiva ressalta que alguns
exames apresentam taxas acima da média dos países desenvolvidos. Um
exemplo é a ressonância magnética: nos últimos dois anos (2014 e
2015), o número realizado no Brasil – por mil beneficiários –
oscilou de 119 a 132, enquanto que os países membros da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) relataram, em
2013, uma média de 23 exames por mil habitantes. “Nesse caso, será
que essa é uma necessidade real dos pacientes ou mais uma mostra de
desperdícios no setor?”, questiona Solange Beatriz.
Em sua opinião, a sociedade precisa
debater a escalada dos custos em saúde. E um ponto a ser discutido
é se não há excessos e tratamentos desnecessários: “É preciso
fornecer informações ao consumidor, para que ele faça escolhas
inteligentes e efetivas quando se trata de saúde, porque tudo tem
um custo. Somente com exames complementares, esse gasto foi de mais
de R$ 47 bilhões, segundo o Mapa Assistencial”.
Atualmente, o setor de saúde
suplementar atende a mais de 70 milhões de brasileiros. De acordo
com pesquisa realizada pelo Ibope, os planos de saúde foram
apontados como o terceiro item mais desejado pela população,
perdendo apenas para educação e casa própria. Além disso, mostra a
aferição, 70% dos beneficiários estão satisfeitos ou muito
satisfeitos com o serviço oferecido pelas operadoras e seguradoras
de saúde.