FenaSaúde lança boletim com
informações sobre beneficiários e mercado de trabalho
A taxa de crescimento médio anual do número de beneficiários de
planos de assistência médica foi de 3,4%, nos últimos 10 anos,
enquanto, nos planos exclusivamente odontológicos, o aumento foi
mais expressivo, de 13,5%. Recentemente, esses indicadores
decresceram e observa-se a redução do número de consumidores de
planos médicos pela primeira vez desde o início da série histórica.
Em 2015, o setor perdeu 766 mil beneficiários – cerca de 400 mil
relacionados diretamente com o fechamento de vagas formais de
empregos –, uma redução de 1,5% na comparação com dezembro de
2014.
Esses e outros dados estão disponibilizados na edição especial do
Boletim da Saúde Suplementar – Beneficiários de Planos e Seguros
Privados de Saúde da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde
Suplementar) – entidade representativa de operadoras de planos e
seguros. A publicação traz análise da distribuição geográfica e
influência do mercado de trabalho no desempenho do setor de 2005 a
2015.
A deterioração no mercado de trabalho e a queda do rendimento
afetaram negativamente o desempenho do mercado de saúde suplementar
no último ano, especialmente com relação à contratação de planos
coletivos empresariais. Esse tipo de plano registrou queda 1,2% em
12 meses, passando de 33,5 milhões, em dezembro de 2014, para 33,1
milhões, em dezembro de 2015. Esse quadro se refletiu,
especialmente, na redução do número de beneficiários de planos
coletivos empresariais nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste. Entre
as unidades da federação, os destaques negativos foram: São Paulo
(185 mil), Rio de Janeiro (117 mil) e Minas Gerais (97 mil). As
análises mostram que, para cada 1.000 postos de trabalhos fechados,
o mercado de saúde suplementar perdeu 708 beneficiários de planos
médicos coletivos empresariais, no Sudeste.
Jovens e idosos – Segundo dados do boletim, a retração do mercado
formal de trabalho se mostra mais acentuada na população mais
jovem. De acordo com o IBGE, a taxa média de desemprego foi de
18,0% nessa faixa etária, enquanto a média nacional ficou em 7,4%,
no último trimestre de 2015. A participação de beneficiários de
planos de assistência médica com 60 anos ou mais idade passou de
11,1%, em dezembro de 2005, para 12,3%, em dezembro de 2015 –
aumento de 1,2 ponto percentual. Por outro lado, a participação de
consumidores com idades entre zero e 19 anos passou de 28,3% para
25,4%, na mesa base de comparação, com redução de 2,9 pontos
percentuais.
O crescimento mais acelerado do número de beneficiários com 60 anos
ou mais de idade nos planos de assistência médica tem alterado a
proporção entre jovens e idosos no mercado de saúde suplementar. Em
dezembro de 2000, para cada beneficiário com 60 anos ou mais de
idade, havia 3 com idades entre 0 e 19 anos. Atualmente, essa
proporção é de 2 para 1.