Os seguros de pessoas, que incluem
seguros de vida, de acidentes pessoais, viagem, educacional, entre
outras modalidades de proteção, registraram R$ 29,76 bilhões em
prêmios (valor pago pelos segurados para contratação de coberturas
para seus riscos pessoais) em 2015. O volume representou expansão
de 7,63% frente ao ano anterior.
“O brasileiro está mais consciente
da necessidade de adquirir proteção para riscos pessoais, o que
impulsionou o mercado”, avalia Edson Franco, presidente da
FenaPrevi.
Na análise por categoria de
produto, o seguro de vida somou prêmios de R$ 12,38 bilhões,
registrando alta de 10,13% frente aos R$ 11,24 bilhões destinados
ao custeio desta modalidade de proteção no ano anterior. “Foi um
ótimo desempenho para o produto com maior representatividade e
volume de prêmios no mercado de seguros de pessoas”, diz o
executivo.
O seguro prestamista, conhecido
também como proteção financeira, que cobre o pagamento de
prestações do titular da apólice em caso de morte, invalidez ou
perda involuntária do emprego, registrou prêmios de R$ 8,23
bilhões. Em 2014, foram verificados R$ 7,98 bilhões.
Já o seguro viagem registrou
prêmios de R$ 224,57 milhões, evolução de 47,52% em relação aos R$
152,23 milhões contratados no acumulado do ao anterior. O auxílio
funeral, por sua vez, movimentou R$ 388,85 milhões em prêmios, alta
de 18,89% em relação aos R$ 327,07 milhões contratados em 2014. “O
uso do seguro viagem vem se popularizando no país, acompanhado o
aumento do fluxo de passageiros, o que explica o forte crescimento
da carteira. O caso do auxílio funeral segue a mesma linha. É
crescente a conscientização dos consumidores em buscar proteção
para evitar transtornos e despesas para os familiares em caso de
falecimento”, explica Franco.
O levantamento da FenaPrevi mostra
também que o seguro de acidentes pessoais, que oferece coberturas
em caso de morte e invalidez permanente (total ou parcial) e outros
riscos causados por acidentes involuntários, provocando lesões
físicas ou até mesmo falecimento, obteve leve alta de 0,09% em 2015
e acumulou R$ 5 bilhões.
Resultado em
janeiro
No mês de janeiro de 2016, o setor
registrou R$ 2,11 bilhões em prêmios, com retração de 1,7% frente
aos R$ 2,14 bilhões verificados em janeiro de 2015. “O mercado de
seguros de pessoas não está blindado contra os efeitos da retração
econômica. Na avaliação mensal tivemos resultado com leve queda.
Mas, mesmo com o cenário adverso, algumas modalidades de proteção
apresentaram um desempenho positivo”, avalia o presidente da
federação.
Na análise de desempenho por
modalidade de produto, o seguro de vida, que representa o maior
volume do segmento, registrou prêmios de R$ 935,89 milhões, o que
representou uma lata de 3,08% frente ao verificado em janeiro do
ano anterior.
Já o seguro viagem registrou
prêmios de R$ 26,07 milhões, evolução de 98,70% em relação aos R$
13,12 milhões contratados em janeiro do ano anterior. O auxílio
funeral, por sua vez, movimentou R$ 34,19 milhões em prêmios, alta
de 21,78% em relação aos R$ 28,43 milhões contratados em janeiro de
2015.
O seguro prestamista, por sua vez,
que cobre o pagamento de prestações do titular da apólice em caso
de morte, invalidez ou perda involuntária do emprego, registrou
recuo de 23,51%, movimentando R$ 436,32 milhões em prêmios. “O
desempenho desta carteira foi afetado diretamente pela queda nas
vendas do varejo registradas nos últimos meses”, diz Franco.
Os dados do balanço da FenaPrevi
mostram também que no período, as seguradoras pagaram R$ 573,97
milhões em indenizações aos segurados, enquanto que em janeiro do
ano anterior os pagamentos foram de R$ 569,53 milhões. “As
indenizações proporcionam proteção e garantia para a continuidade
dos projetos pessoais e da vida econômica, do segurado e de seus
familiares”, afirma.
Distribuição
geográfica
De acordo com o balanço, dos R$
2,11 bilhões em prêmios pagos pelos segurados em janeiro de 2016,
São Paulo é o Estado mais representativo para os negócios de
seguros de pessoas, concentrando, 46,7% do volume de prêmios
emitidos no período. O Rio de Janeiro respondeu por 9,4%, do total,
seguido por Rio Grande do Sul (8,6%), Minas Gerais (7,6%) e Paraná
por 6,3% dos prêmios verificados em janeiro de 2016. Os demais
estados têm representatividade menor, inferior a 3%.