A resolução 315/2104 da Susep
estipulou que as despesas médicas, hospitalares e odontológicas se
tornem cobertura nos produtos de assistência
a viagem internacional, assim como já acontecei com a
indenização por morte e invalidez permanente. “A nova lei exige
também que, além da assistência médica e hospitalar, a repatriação
funerária e sanitária também sejam coberturas securitárias.
Com estas novas exigências, é
possível que haja aumento da tarifa e a diminuição das comissão
paga aos agentes de viagens. “É uma situação linear, que trará
mais segurança para o consumidor. Em nossa empresa já havíamos
feito o ajuste, mas o mercado pode ter variações em torno de até
20%”, esclarece Agnaldo Abrahão, diretor comercial da April, que
comercializa no Brasil a marca Coris.
Ele conta que a sua empresa já
possui parceria com uma seguradora multinacional (QBE) para
oferecer coberturas de até US$ 300 mil de importância segurada.
Para Abrahão, esta é uma medida que traz muitos benefícios para o
segurado, que continuará contando com o atendimento
no exterior, mas com mais garantias.
Apesar de cerca de 20%
dos viajantes não comprarem este produto, Abrahão
acredita que ele é cada vez mais necessário. “Nos Estados Unidos, o
Obamacare oferece atendimento apenas para os americanos. Lá, uma
internação por uma semana, sem intervenção cirúrgica, pode custar
até US$ 30 mil. Na Europa, vigora o Tratado de Schengen, que exige
do viajante uma cobertura de 30 mil euros para entrar nos países
que fazem parte do bloco”, informou.
Há 20 anos, este produto era quase um tabu no Brasil. Ele se
desenvolveu junto com a cultura de viagens do povo brasileiro, que
estava em franco crescimento até a última alta do dólar. “Agora,
apostamos mais nos destinos da Europa, que não sofreram o impacto
da variação da moeda”, conclui Abrahão.