Pela primeira vez, o Brasil
realizou um simulado para caso suspeito de Ebola em um porto, com
uma embarcação não atracada. O exercício foi realizado nesta
quarta-feira (10) no Porto de Santos, litoral de São Paulo. O
objetivo foi colocar em prática o protocolo elaborado para essa
situação, servindo como treinamento das instituições envolvidas, em
condições que simulam um caso real. O simulado foi promovido pelo
Ministério da Saúde, a Secretaria de Portos da Presidência da
República (SEP) e a Companhia Docas do Estado de São Paulo
(CODESP), além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), em parceria com outras 12 instituições. Ao todo, mais de
150 pessoas participaram da simulação.
A ação contemplou os passos que
devem ser adotados sobre um caso suspeito de Ebola, desde o aviso
do comandante da embarcação à Agência de Navegação até a retirada
do paciente do navio pelo Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e
Emergências (GRAU) e do monitoramento dos viajantes
contactantes.
Esse é o quarto simulado realizado
no país com participação do Ministério da Saúde. Dois deles
aconteceram nos aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, quando
foi treinado o protocolo de atendimento de caso suspeito, com base
em exemplo fictício de resgate de um suspeito com Ebola procedente
dos países onde há epidemia do vírus (Libéria, Serra Leoa e Guiné).
Na semana passada, foi realizado simulado de Ebola em Brasileia, no
Acre. Na ocasião, foram treinados os procedimentos que devem ser
adotados em uma unidade de saúde para um caso suspeito da doença
vindo por vias terrestres.
Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), o risco de transmissão da doença por viajante
internacional é considerado muito baixo. Até o momento, houve
apenas um caso suspeito pelo vírus ebola no Brasil.