Setor
ainda considera baixo o número de seguros residenciais; cultura do
brasileiro é a causa
O
número de seguros residenciais contratados pelo sorocabano cresceu,
em média, 20% em 2013, em comparação com o ano anterior. Embora
menos procurado pelos consumidores, que optam mais pelo seguro
veicular, seu custo é bem menor. Mesmo com a inclusão de
assistências para o lar, como serviços de chaveiro, eletricista,
limpeza de caixa dӇgua, entre outros, o seguro residencial pode
custar menos de R$ 300. Pacotes mais completos, para casas de
classe média, com cobertura de roubos e furtos, chegam a custar o
dobro, mas não ultrapassam os R$ 1.000.
De
acordo com corretores de Sorocaba, o baixo volume de contratações
de seguro residencial se deve à cultura do brasileiro. “A diferença
entre o seguro residencial e de automóvel, hoje, não tem
comparação, por conta da cultura do brasileiro mais voltada para o
automóvel”, explica Alexandre Latuf Filho, diretor da Latuf
Seguros. As características do Brasil, onde não ocorrem grandes
catástrofes como as que afligem os Estados Unidos também são uma
explicação para a menor adesão, avalia Valdir Buffo, diretor da
Bufo & Silva.
Para
ele, ainda que as pessoas julguem que o risco de incidentes com a
residência seja menor que o de um veículo, é preciso analisar o
quanto se perde caso ocorra algo. A quantidade de esforço e
dinheiro empregados em uma casa são bem maiores que os despendidos
em um carro, analisa Buffo. “Se uma residência é incendiada, por
exemplo, é preciso uma vida para recompor isso”,
ressalta.
De
acordo com Latuf, nos últimos tempos, as pessoas têm tomado
consciência da necessidade e das vantagens desse serviço. “Houve um
aumento na procura na faixa de 20%, de 2012 para 2013″,
calcula.
Para
além das coberturas
Mesmo
que não desperte o interesse dos consumidores, as apólices de
seguro residencial constituem um bom custo-benefício, na opinião do
diretor regional do Sindicato dos Corretores (Sincor) de Sorocaba,
Eduardo Lemes. “É muito bom, se o consumidor analisar os serviços
agregados oferecidos pelas companhias de seguros”, diz.
O
seguro residencial oferece aos consumidores serviços que vão além
das coberturas contratadas, sejam elas sobre danos elétricos,
vendavais, roubos ou furtos. “Os seguros oferecem pacotes de
assistência com serviços como limpeza de caixa d”água, revisão de
encanamento, chaveiro”, conta Alexandre Latuf Filho. Segundo ele,
as opções podem ser por ter um limite de três assistências por ano,
que sai mais barato, quanto por pacotes completos. “Existem pacotes
ilimitados, com assistência para linha branca”, esclarece, sobre os
reparos em produtos como máquina de lavar, geladeira e
fogão.
E,
com a assistência já embutida nos preços dos seguros, é possível
economizar com serviços. “Um seguro básico, hoje, você vai pagar de
R$ 300 a R$ 500; se fosse só limpar a caixa d”água, a pessoa teria
de pagar R$ 200″, exemplifica Latuf.
O
diretor do Sincor, Eduardo Lemes, afirma que muitas seguradoras
oferecem serviços até mesmo para os consumidores que mudam de
imóvel. “Tem seguradora que, na mudança, instala tudo por conta do
seguro. É uma economia que você faz”, diz.
Valores variam
Em
geral, os consumidores que procuram pelo seguro residencial optam
pelas coberturas contra incêndio e danos elétricos. Segundo os
corretores, estas apólices são mais baratas. Simulações feitas
pelas corretoras apontam que o preço do seguro de uma casa de
classe média, no valor de R$ 500 mil, pode variar de R$ 250 a R$
300, com cobertura para danos elétricos e vendavais. Ao se
acrescentar a cobertura de roubos e furtos, os valores
dobram.
Segundo Latuf, isso ocorre por conta da taxa de
incidências. “Agrava um pouco, porque é um dos maiores riscos”,
ressalta ele. Contudo, mesmo com a inclusão de uma apólice de R$ 10
mil para o furto ou roubo de uma residência, ele atesta que é um
seguro barato.
Buffo
comenta que a maioria das pessoas opta por contratar um seguro
residencial completo por R$ 400, mas o preço pode variar a depender
da região, do perfil e dos elementos a serem cobertos na casa. “Em
média, pela nossa prática, residências normais, de uns R$ 500 mil,
classe média, os seguros que ficam abaixo dos R$ 1.000″,
diz.