A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) alterou, na última segunda-feira, 14, as regras
para troca de plano de saúde. A decisão foi tomada pela diretoria
colegiada da agência, que definiu que os clientes poderão trocar de
plano sem necessidade de atender a um prazo de tempo mínimo caso
haja alteração na rede de hospitais prestadores de serviço no
município de residência do beneficiário.
As mudanças determinam ainda que as
operadoras devem avisar com 30 dias de antecedência sobre mudanças
na rede de assistência hospitalar na cidade de domicílio dos
clientes por meio de comunicado individual. As regras passarão a
valer em um prazo de 180 dias após publicação no Diário
Oficial.
Atualmente, os clientes devem
permanecer no plano contratado em um prazo mínimo de um a três anos
antes de mudar de operadora. Com a nova regra, além de não precisar
cumprir esse prazo em caso de mudança na rede hospitalar, os
consumidores também poderão migrar para outro plano de qualquer
faixa de preço. A regra antiga exigia que o preço do novo plano
contratado fosse semelhante ao anterior.
O novo modelo definido pela ANS
também prevê regras para a mudança de rede hospitalar. Caso as
operadoras queiram substituir hospitais da rede, a empresa deverá
garantir que o novo estabelecimento ofereça os mesmos serviços
utilizados pelos clientes no hospital que foi substituído nos
últimos 12 meses.
As operadoras só poderão reduzir o
número de hospitais disponíveis na rede de assistência caso não
esteja entre os mais utilizados pelos clientes. Se o hospital
removido for responsável por até 80% das internações em sua região
de atendimento, a operadora não poderá simplesmente excluí-lo sem
colocar outro no lugar. A substituição será obrigatória nesses
casos.
“O foco da ANS com os novos
critérios está na segurança do consumidor com o seu plano de saúde.
A proposta é que o beneficiário seja menos afetado em razão da
relação desfeita entre a operadora e o prestador. Esta proposta de
normativo é fruto de cuidadoso trabalho de elaboração, que contou
com intensa participação social e amplo debate”, afirmou Alexandre
Fioranelli , diretor de Normas e Operações de Produtos, em nota
divulgada pela agência.