A reunião mensal do
Comitê de Estudos de Mercado da CNseg e a nova Conjuntura nº 75
demonstram que o avanço da arrecadação do setor
A reunião mensal do Comitê de
Estudos de Mercado (CEM) da CNseg e a nova
Conjuntura CNseg nº 75 demonstram que o avanço da arrecadação de
seguros (incluindo Saúde), Vida e Previdência e, por fim,
Capitalização permanece firme, apesar de um cenário de grandes
desafios, tendo em vista a conjuntura do País, o cenário
internacional adverso e o comportamento dos indicadores domésticos
ou externos.
“No plano externo, a inflação mais
alta continua a surpreender, e a resposta das autoridades
monetárias, somada às dificuldades na China, com sua política de
‘Covid Zero’ e transição de modelo de crescimento, e às restrições
de oferta associadas à guerra, deve provocar uma desaceleração da
economia global nos próximos meses”, informa a Conjuntura.
No cenário doméstico, ainda que
haja a perspectiva de crescimento no ano perto de 2%, observa-se,
nas últimas semanas, o aumento da incerteza sobre o ambiente fiscal
e econômico do País, refletido nos prêmios de risco e no câmbio
(que também se desvaloriza com a postura mais agressiva contra a
inflação do Fed).
Variáveis como a inflação
(doméstica ou global), o câmbio, o ciclo de alta dos juros aqui e
no exterior (e seus ônus, como encarecimento do crédito,
desaceleração de setores, elevado endividamento das famílias e
inadimplência) produzem efeitos heterogêneos entre os ramos e
modalidades de seguros.
Isso porque as carteiras de seguros
são impactadas pela conjuntura específica dos setores aos quais se
destinam as coberturas. No seguro de automóvel, por exemplo,
segundo relatos apresentados na reunião do CEM, a inflação de
preços do mercado de automóveis, puxada ainda pela falta de
veículos zero, pela valorização dos seminovos e pelo encarecimento
dos custos de reposição, produz avanço da taxa de sinistralidade do
seguro de Automóvel (perto de 75%), impactando o setor de duas
formas: no preço do seguro e no montante de sinistros a serem
pagos.
Além do Seguro Rural e o
viés de alta dos sinistros causados por secas prolongadas e geadas,
o desempenho e perspectiva de outras carteiras foram avaliados no
encontro. Ficou claro que a inflação alta e disseminada, os juros,
a perspectiva de desaceleração da economia global, entre outros
tópicos, precisarão ser acompanhados “pari passu” pelo setor
segurador, tendo em vista o potencial de produzir desvios nas
projeções de desempenho.