Na
manhã desta segunda, dia 27, começou a 10ª edição da Conseguro, o
evento organizado pela CNSeg (Confederação Nacional das
Seguradoras). O primeiro painel teve como tema “Percepções do
Brasil de Hoje” e teve a participação do secretário de
Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida; a
superintendente da Susep, Solange Paiva Vieira; o
diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Rebello, e lideranças do
mercado segurador – os presidentes da CNseg, Marcio Coriolano; da
FenSeg, Antonio Trindade; da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima; da
FenaPrevi, Jorge Nasser; da FenaCap, Marcelo Farinha; e da Fenacor,
Armando Vergílio dos Santos Júnior.
O
secretário Adolfo Sachsida destacou o avanço de parte da agenda
liberal, sua ajuda em ampliar a resiliência econômica durante a
pandemia, a maior crise sanitária dos últimos 100, e a retomada em
forma de V, beneficiada também pelos acertos das medidas de
política econômica adotadas no ano passado para socorrer pessoas e
empresas.
O
presidente da Fenacor, Armando Vergílio, destacou que o mercado
segurador demonstrou extraordinária resiliência durante o período
mais agudo da pandemia e, já na fase de recuperação, apresenta
taxas de crescimento acima das demais atividades. “O setor é
moderno, ágil e cumpre muito bem o seu papel. O que precisamos é
sermos adequadamente entendidos e compreendidos. O que precisamos,
para continuar a crescer e decididamente ajudarmos a sociedade
brasileira, é sermos ouvidos. Precisamos de diálogo construtivo,
especialmente nós, corretores de seguros, para termos nosso papel e
relevância reconhecidos”.
A
atualização do marco regulatório de seguro, vida e previdência e
capitalização mira ampliar seu desenvolvimento, tornando seus
produtos acessíveis a todas pessoas e setores foram os tópicos
abordados pela superintendente da Susep, Solange Vieira. Ela vê as
regras mais flexíveis de oferta de produtos, o uso de tecnologias,
a redução dos obstáculos à entrada de novos players e o
protagonismo dos corretores como colaborações importantes para o
crescimento continuado da atividade.
O
diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Paulo
Roberto Rebello, destacou que a pandemia trouxe ao setor de Saúde
suplementar consequências econômicas e sociais significativas e de
desdobramentos futuros incertos. Há desafios estruturais,
tendo em vista o processo de envelhecimento da população e a
transição demográfica e epidemiológica, com prevalência das doenças
crônicas não transmissíveis, ao lado do risco de novas doenças
infecciosas, materializando danos significativos.
O
presidente da CNseg, Marcio Coriolano, reconheceu que o Brasil
passou por momentos transformadores nas duas últimas décadas, de
nova ordem mundial, crises econômicas, passando por um inédito
ciclo de inovação e multiplicação das mídias social, até chegar à
emergência e superação da pandemia. Segundo ele, o mercado de
seguros respondeu positivamente aos desafios observados nas duas
últimas décadas. “Os números do mercado evidenciam não só o
crescimento de receitas, mas também o desenvolvimento de
tecnologias, de processos inovadores e da competitividade no
setor”, assinalou.
No
segmento de Danos e Responsabilidade, o presidente da FenSeg,
Antonio Trindade, constata um ritmo de aceleração neste ano,
já que o crescimento atingiu 15% e ultrapassou R$ 42 bilhões no
primeiro semestre, beneficiado pela guinada digital e ajustes no
marco regulatório. “Em tempos de desafios imensos no Brasil, o
segmento de Danos e Responsabilidades é o parceiro para concretizar
a agenda econômica e social do Brasil, ao proteger a população de
riscos e desonerar o orçamento do Estado”, ressaltou.
Os
títulos de Capitalização continuam sua história de sucesso e
superação no País depois de 92 de sua criação, avalia o presidente
da FenaCap, Marcelo Farinha. “O momento inspira cuidados. Afinal, a
mais pronunciada crise sanitária testemunhada pela nossa geração é
desafiadora para a saúde das pessoas e das empresas. Retração
econômica, desemprego, contração de renda e inflação alta produzem
enormes desafios para o desenvolvimento dos negócios. Mesmo
assim, a capitalização demonstra vitalidade. No primeiro
semestre do ano, cresceu 8,4%”, destacou ele.
No
ramo de Vida, as indenizações extraordinárias pagas por vítimas
fatais de Covid totalizaram até agora R$ 4,6 bilhões, foram
destacadas por Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi.
Na
Saúde Suplementar, a recuperação em números de beneficiários se dá
em um cenário de convivência com três grandes choques relevantes e
simultâneos neste ano, segundo o presidente da FenaSaúde, João
Alceu. Ele disse que a demanda crescente é gerada pela segunda onda
da pandemia e coincide com avanço dos procedimentos eletivos, que
ficaram represados apenas no segundo trimestre do ano passado, mas
sobem desde o segundo semestre de 2020. “O resultado disso é que,
no segundo trimestre de 2021, observamos grandes operadoras com
quase toda sua receita do período destinada às despesas
assistenciais, com a taxa de sinistralidade ao redor de 90%, um
recorde na história do setor”, relatou.