Fábio Luchetti foi um dos maiores CEO do Brasil. Admirado,
educado, respeitoso, com mente aberta para os sistemas de
comercialização e colocando o corretor de seguros no seu devido
lugar: Na intermediação e na defesa do Consumidor de Seguros. Dois
pilares absolutamente insubstituíveis.
Fábio, ex-presidente de uma empresa líder em inovação, trabalha há
mais de 30 anos na indústria do seguro e a conhece como poucos o
mecanismo e as dificuldades que enfrentam as congêneres. Isto já
fala por si só, dó-ré-mi-fá-sol-lá- si. É música aos ouvidos o fato
de termos gente absolutamente competente nas companhias
seguradoras!
No comparativo, no modelo que ele administrou, a Porto Seguro é
uma das mais bem preparadas empresas para vender seguros
diretamente ao cliente, mas entende que o corretor de seguros é
necessário na intermediação. E o motivo é simples: A venda do
seguro é complexa. Simplesmente complexa! Lógico que essa indústria
tenta descomplicar. Mas os governos atuam conforme seus prazeres
conceituosos. E comparo o arcaico modo preterista ao moderno salto
de pensamento, que esbarra no dogma contra o corretor e pune quem
sempre quis inovar - no caso as companhias seguradoras.
Eu mesmo entendo que Luchetti está sendo absolutamente sábio
neste movimento opinativo. A roda já foi criada. Não dá para
inventá-la de novo. Mas dá para aprimorá-la. E é justamente o
raciocínio lógico que eu enxerguei nesse museólogo e artista que
defendeu a figura do corretor.
Eu tenho que ser sincero: Mudou muita coisa para melhor na
perspectiva de governança. Mas neste caso da infâmia ao
profissional da corretagem, neca de pitibiriba!
Aliás, quando Luchetti defende o corretor, na realidade ele está
defendendo o Mercado Segurador e os Consumidores de Seguro.
Fábio Luchetti não errou. Ele acerta também na questão do seguro
digital. A Indústria sempre foi refém de decisões governamentais. E
as decisões travavam qualquer anseio. Agora há uma abertura
generalizada e o Mercado não está preparado. Por isso que não há
culpa que não provenha primeiramente dos governos. Mas há que
surfarmos nessas ondas libertadoras, sem contudo, naufragar na
intempérie. O que eu estou tentando dizer é que a nova
superintendência colocou o motor de Ferrari em uma Vemaguet. Tem
que ajustar a relação ou vai capotar na primeira curva.
Pra encerrar eu vou escrever uma frase que vi na internet e
desconheço o autor:
"Não é preciso inventar a roda, mas
tão somente se movimentar nela".