A presidenta Dilma Rousseff convocou nesta terça-feira (8) a
rede nacional de rádio e televisão para falar sobre os programas
SOS Emergência e Melhor em Casa, ações na área de saúde anunciadas
pela manhã no Palácio do Planalto, em uma cerimônia com presença de
governadores dos estados.
O programa SOS Emergência prevê parcerias com hospitais privados
para melhorar o atendimento de emergência da população. “Vamos
criar um novo padrão de qualidade para as pessoas que procuram as
nossas emergências”, disse a presidenta no pronunciamento com
duração de oito minutos.
Já o programa Melhor em Casa pretende garantir o tratamento de
doenças já diagnosticadas em casa. A meta é que, até 2014, o
programa tenha mil equipes de atenção domiciliar e 400 de apoio
atuando em todo o país. As equipes multidisciplinares, formadas por
médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, vão
levar atendimento a casa das pessoas com necessidade de
reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou
em situação pós-cirúrgica.
No pronunciamento, a presidenta reconheceu que os dois programas
devem ter resultados no longo prazo e ressaltou que o governo está
encarando um desafio grande no atendimento de emergência. “São
programas importantes e de implantação complexa que não vão
resolver da noite para o dia os nossos problemas”.
Dilma discorreu sobre os números da saúde no Brasil, que,
segundo ela, quando citados nas esferas internacionais, surpreendem
os governantes de outros países. “O Brasil é o único país com
mais de 100 milhões de habitantes que encarou o desafio de oferecer
atendimento de saúde para todos”.
Segundo ela, dos 190 milhões de brasileiros, 145 milhões
dependem exclusivamente do SUS para obterem tratamento de saúde.
Isso significa para o sistema de saúde, 1 milhão de internações e
500 milhões de consultas ao ano.
“Já ouvi algumas pessoas dizerem
que é como enxugar gelo”, disse a presidenta ao se referir aos
programas.