A queda no número de clientes dos planos de saúde é, na maior parte, devido ao desemprego, já que muitos clientes tinham contratos empresariais. A Silvia Cristina de Souza e o marido são um exemplo desse quadro. Os dois estão desempregados e sem plano de saúde. A preocupação maior deles é com os dois filhos que ficaram também sem plano de saúde. “É difícil, né? A gente está se sentindo vulnerável com os filhos pequenos”, explica Silvia.

O alto número de cancelamentos fez com que as operadoras criassem novas possibilidades de planos para manter e conquistar clientes. O vice-presidente de um plano de saúde, Guilherme de Souza Luca, acredita que a melhora do mercado é questão de tempo. “A gente acredita e aposta que daqui para frente, a gente volte a crescer devagar, conforme as pessoas voltarem para o mercado de trabalho”, disse.

O corretor de planos de saúde, Douglas Vizzacchi, conta que as operadoras readequaram os pacotes e preços ao mercado passando a focar em uma cobertura limitada e atendendo regionalmente. “Para aqueles que realmente não necessitam de uma cobertura nacional, por não se locomoverem tanto, não compensa esse tipo de plano”.