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Executivos do setor discutem o seguro dos shows de Elton John

Fonte: SEGS Data: 15 fevereiro 2017 Nenhum comentário

O pop star pode ser querido do público, mas para as seguradoras ele é considerado como “alto índice de sinistro potencial”. 

O seguro de eventos está em euforia neste ano no Brasil. Apesar dos congressos e feiras estarem em número bem menor por conta da crise, as seguradoras disputam os seguros de grandes shows. Só no primeiro semestre o Brasil terá shows de Justin Bieber, Sting, Korn, Elton John, Jason Mraz, Jake Bugg e Bryan Adams, além do Lollapalooza em março e do Rock in Rio em setembro. As seguradoras preferem fazer o seguro de eventos menores, menos arriscados e mais rentáveis. Mas apostam também suas fichas nos grandes eventos, desde que a subscrição e o resseguro sejam bem desenhados.

O seguro de Elton John chama a atenção do ponto de vista de subscrição. Segundo especialistas, todo cuidado é pouco. Por ser um grande evento, há muitos riscos que exigem gerenciamento e cláusulas específicas. O pop star pode ser querido do público, mas para as seguradoras ele é considerado como “alto índice de sinistro potencial”.

Elton já cancelou shows de última hora, gerando prejuízos significativos para as companhias de seguros e de resseguros no passado. Desde então, a subscrição do risco se tornou mais exigente. Não só para ele, mas para vários artistas. Paul McCartney, segundo fontes especializadas em eventos, está na outra ponta. É considerado um risco baixo e disputadíssimo pelas companhias de seguros.

Geralmente um seguro de evento para uma turnê internacional é negociado em um programa mundial. No entanto, tem de ter contratação local em alguns países, como o Brasil, que exige apólices locais. O produtor do show de Elton John e James Taylor precisa de seguro para quatro shows, passando por Curitiba (31/3), Rio de Janeiro (1º/4), Porto Alegre (4/4) e São Paulo (6/4). Após a passagem pelo Brasil, a dupla segue para Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile.

Trata-se de um seguro complexo, pois envolve desde o transporte dos equipamentos até um intoxicação por alimentos vendidos no local. É praxe o produtor contratar seguro que cobre danos causados a terceiros, para quebra de equipamentos, bem como prejuízos decorrentes de problemas inesperados que levem ao cancelamento do show, como eventos climáticos adversos ou até o não aparecimento do pop star, cláusula conhecida como “no show” no mercado de seguros.

O seguro de Elton Jonh está em plena negociação e ninguém quer falar em “on” sobre o assunto. A corretora Marsh, que geralmente faz o desenho dos seguros da produtora Time For Fun, corre para desenhar o programa de seguros. A aposta é que o evento terá a BB ****** como seguradora líder no Brasil. Ambos não confirmaram a informação que circula nos bastidores do setor.

Apesar de o seguro no Brasil ainda estar em tratativas, consta na memória da indústria de seguros uma cena de 2000, quando Elton John simplesmente disse que iria dar uma volta de carro de 15 minutos para esfriar a cabeça antes do show em Casino do Estoril, próxima a Lisboa, Portugal, que tinha capacidade para 750 pessoas, mas pela grande procura o promotor colocou 1,2 mil fãs no local. Todos ficaram lá aguardando, enquanto o irreverente Elton seguia em seu para o seu avião particular para Nice, França. O administrador da casa de show ficou tão nervoso que despejou o piano do cantor na rua na manhã do dia seguinte.

Em julho de 2013, mais indenizações. Uma apendicite de Sir Elton John fez o promotor cancelar uma turnê de 14 shows na Europa. O valor comentado na época é que as indenizações seriam algo próximo de 10 milhões de libras esterlinas.

A subscrição do risco depende do contrato entre o artista e a promotora. Os agentes do mercado segurador colocam condições de aceitação que tornam mais complexa a decisão do pop star simplesmente decidir não fazer o show, seja por doença inesperada ou um ataque de pânico. “Há uma série de condições”, explica um renomado corretor que pediu anonimato.

No exterior, há um produto exclusivo para devolução de ingresso, com cobertura para até 80% da bilheteria. No Brasil, a cobertura tem de ser mais abrangente por não ter disponível a indenização apenas de devolução de ingresso. E mesmo essa cobertura está atrelada a condições climáticas, como temporal com alagamento, por exemplo, que impossibilitem o público de chegar ao local do evento.

Pop star acima de 70 anos tem de assinar uma declaração de saúde de próprio punho ou apresentar uma declaração do médico sobre sua saúde. Doenças pré-existentes costumam estar excluídas. Ou seja: se o cantor principal da banda vinha se tratando de um câncer, por exemplo, ou depressão, e não realizar o show por motivos que envolva doenças em tratamento, a seguradora se preserva o direito de não indenizar a promotora, explicam os especialistas, por ser um risco excluído.

O certo é que o seguro existe só para uma eventualidade. O que todos querem é assistir o pop star encantando a plateia com um concerto de tirar o fôlego de tão emocionante. Mas sempre é bom ter um seguro para prevenir eventuais perdas financeiras decorrentes de um evento desse porte.

 

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