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Planos de saúde fornecem dados para operação SOS Samu, em Goiás

Fonte: G1 Data: 27 junho 2016 Nenhum comentário

Os presidentes do Ipasgo e da Unimed participaram de uma reunião nesta sexta-feira (24) no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para fornecer informações para a operação “SOS Samu”. O órgão investiga esquema que fraudava encaminhamentos de pacientes para Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais particulares na Grande Goiânia.

O MP-GO também pediu nesta sexta-feira que 17 dos 21 presos durante a operação tivessem a prisão prorrogada.

A operação foi deflagrada na terça-feira (21). De acordo com as investigações, um grupo composto por médicos, funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e donos de hospitais participavam do esquema.Os promotores também investigam se os pacientes eram furtados durante atendimento.

O procurador geral da Justiça, Lauro Machado, explicou que as informações das empresas vão facilitar as investigações e poderão indicar se algum paciente morreu em decorrência das fraudes.

“O que é importante agora é a gente poder fazer um confronto com os depoimentos, com os prontuários, algumas informações médicas, algumas agendas e registros que os planos têm sobre pagamento, sobre internação. A gente vai poder fazer um cruzamento [de dados]. Nós temos que saber se teve alguém que entrou na UTI vivo e não saiu vivo. Vamos buscar isso, temos até alguns indícios que foram apresentados”, explicou.

Ipasgo informou que não tem funcionários citados na investigação e que as empresas envolvidas passarão por análise e podem ser descredenciadas do plano.

A Unimed afirmou que se preocupa com o bem estar dos beneficiários e que se a denúncia for comprovada vai lutar para que os responsáveis sejam punidos.

Em depoimento ao MP-GO, um dos presos afirmou que “era aplicado, pelo técnico de enfermagem, drogas com poder sedativo, fazendo parecer que o paciente estava necessitando de internação em UTI”. Outro depoimento confirmou que os servidores recebiam R$ 200 por cada paciente que tinha como plano o Ipasgo e R$ 500 por aqueles tinham Unimed.

Esquema
Segundo o MP-GO, após ser feito o atendimento de urgência pelo Samu, os socorristas entravam em contato com a central de regulação, responsável por controlar o encaminhamento das vagas das UTIs. Ao invés de mandar o paciente a algum hospital vinculado ao SUS, encaminhavam para unidades particulares. Com isso, as UTIs ficavam cheias de pacientes, garantindo lucro para os médicos e donos dos leitos.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco) disse que, em alguns casos, os médicos tomaram ações que colocaram em risco a saúde dos pacientes. “Um paciente que precisava de glicose e não foi ministrado. Foi dada medicação para induzir o coma, para que ele fosse internado”, disse o coordenador da divisão, Luis Guilherme Gimes.

Propina
Os subornos, conforme a denúncia, eram passados por médicos e por proprietários de UTIs por meio de depósitos bancários ou até mesmo entregando dinheiro em espécie diretamente aos integrantes do esquema. Entre as provas colhidas pelo MP estão confissões de pessoas envolvidas no esquema e quebra de sigilos bancários.

“Servidores técnicos, enfermeiros e socorristas começaram recebendo R$ 100 e hoje já estava em R$ 500. Já um médico podia receber até o valor de uma diária de internação na UTI”, disse o coordenador do Gaeco.

 

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