Casos aumentaram 60% nos cinco
primeiros meses deste ano. Segundo corretor, reajuste é de 10%
a 15%.
O número de furtos de veículos
aumentou 21% nos cinco primeiros meses desse ano em relação ao
mesmo período do ano passado no Alto Tietê. A criminalidade também
reflete no bolso do consumidor, que precisa pagar mais caro pelo
seguro. Ferraz de Vasconcelos foi um dos
municípios da região que apresentaram maior crescimento neste tipo
de crime: 60%.
Durante o dia, a Rua Prudente de
Moraes, em Ferraz de Vasconcelos, parece pacata, tranquila e
segura. Mas durante a noite o local se transforma no tormento de
quem precisa estacionar. É comum por exemplo, os funcionários de um
hospital na via presenciarem o desespero das pessoas em frente à
unidade ou nas ruas laterais.
“Às vezes a gente sai aqui, tem
alguém chorando dizendo ‘levaram meu caro, levaram meu carro’. Acho
que o povo chega nervoso com alguém doente, só preocupado com o
paciente. Larga o carro aí. De vez em quando a gente ouve alarme
disparado, tudo isso eu já vi aqui na porta”, disse uma funcionária
que não quis se identificar.
Outra funcionária, que também não
quis se identificar, teve o veículo furtado há pouco tempo. Estava
estacionado em frente ao hospital regional e, em questão de horas,
desapareceu.
“Todos os meus plantões eu tenho
esse hábito já de estacionar na rua, pelo menos até as 22h, quando
esvazia o estacionamento. Quando retornei às 23h para colocar no
estacionamento, não encontrei meu veículo. Já virou rotina, esse
lugar virou alvo dos bandidos. Então, semanalmente estão sendo
furtados dois os três carros”, contou.
No Alto Tietê, a cidade que teve
maior aumento nos furtos foi Guararema, com 175%. Depois vem Ferraz
de Vasconcelos com 60%. Em seguida estão Mogi das Cruzes com 48%,
Poá com 38% e Suzano com 14,4%.
Alguns lugares também são
escolhidos pelos criminosos por causa da facilidade. Seja pela
distância, grande movimentação ou simplesmente falta de segurança.
Para muitos, o seguro de veículos é uma saída. Mas com o
crescimento dos furtos, os valores também aumentam. Segundo o
corretor Marcos Antonio Guimarães, mês a mês, dependendo dos casos
e das estatísticas, o seguro é reajustado. “Eles fazem uma
avaliação e se naquele mês, naquele momento, houve um alto índice,
provavelmente no próximo mês será repassado para o preço do seguro
novo. Cerca de 10% ou 15% ” , explicou.
Algumas lojas aproveitam o cenário
para vender dispositivos de segurança. Douglas de Souza Câmara,
gerente de um estabelecimento em Mogi das Cruzes, diz que a fase é
boa nos negócios. Segundo ele, muita gente têm procurado alarmes,
travas e outros dispositivos de segurança. “Em termos de valores,
você coloca uma trava, você pagou a manutenção, não paga mais nada.
No seguro, você sempre fica pagando”, disse.
Desde o começo do ano o gerente
garante que a procura aumentou.
As outras cidades da região:
Salesópolis, Biritiba-Mirim, Arujá, Santa Isabel e Itaquaquecetuba
apresentaram queda no número de furtos de veículos. A Polícia
Militar foi procurada para comentar os casos de furto, mas não deu
retorno.