ANS justificou índice alto de
reajuste com os custos do setor, como investimento em novas
tecnologias. Boletos devem chegar em julho.
A Agencia Nacional de Saúde
autorizou, e os planos de saúde individuais e familiares vão ficar
até 13,55% mais caros. Esse aumento é mais do que o dobro da
inflação do ano passado. É o maior desde que a ANS foi criada, há
15 anos.
A ANS justificou o índice alto com os custos do setor, como
investimento em novas tecnologias. Além de considerar a média dos
reajustes dos planos de saúde coletivo definidos em negociação
entre empresas e operadoras.
“O reajuste dos planos coletivos,
que a ANS usa como base para reajustar os individuais, não é
controlado pela Agência. Então, como é que você pode ter um
reajuste fixado pela Agência, que tem como base um reajuste que a
Agência não controla.”, comenta a advogada Melissa Areal Pires.
Os boletos, já mais caros, com os
novos valores, devem começar a chegar a partir de julho. E o
consumidor tem que estar com o bolso preparado, porque as
operadoras também foram autorizadas a cobrar o retroativo.
Os planos são corrigidos no mês que
os contratos fazem aniversário. Só que o reajuste anunciado agora
vale desde maio. Então, quem tem planos que fizeram aniversário no
mês passado e fazem agora em junho é que vão pagar o retroativo,
porque ainda não deu tempo de cobrar o valor novo. Para ficar mais
claro, vamos supor que a mensalidade custe R$100. Quando a pessoa
receber o boleto em julho, vem com o aumento, e mais a diferença
referente ao mês que não foi cobrado.
Operadoras decidem de
quanto será a correção
Quem tem plano fazendo aniversário
em maio paga o retroativo duas vezes, em julho e agosto. Para os
planos com aniversário este mês, só paga um, no boleto de
julho.
Do jeito que vai, Dona Lourdes vai
ter que pensar em um outro plano para continuar com saúde.
“Eu vou pagar quase R$ 2,1 mil de plano de saúde. Tá dando dor de
cabeça sim. É revoltante, é revoltante mesmo.”, afirma a aposentada
Lourdes Senna.
A Agência Nacional de Saúde disse
que os 13,5% de reajuste é o índice máximo. As operadoras é que vão
decidir, dentro desse limite, de quanto será a correção nas
mensalidades.