O secretário de Estado da Saúde, David Uip, anuncia nesta
quinta-feira (31) em comemoração aos 30 anos do Programa Estadual
DST/Aids-SP, o menor índice de mortalidade por Aids da história.
Levantamento do Programa aponta que em 2012 foram registrados
2.760 óbitos no Estado de São Paulo, o que representam uma taxa de
mortalidade de 6,6 por 100.000 habitantes. Em 1995 foram 7.739
óbitos, com taxa de mortalidade de 22,9. Além disso, foi constatado
que a sobrevida dos pacientes é cada vez maior e de melhor
qualidade.
“Para reduzir ainda mais a mortalidade continuaremos investindo no
diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, com a ampliação da oferta
do teste rápido, além de garantir o acesso às terapias
antirretrovirais de alta potencia”, afirma o secretário.
Reconhecido internacionalmente por sua política pública para
portadores de HIV/Aids, o sucesso do programa paulista pode ser
atribuído a uma série de mudanças sociais e políticas na década de
80 como a redemocratização do País, a construção do SUS, a
participação da sociedade civil, a mobilização de diversos setores,
ao equilíbrio entre prevenção e tratamento e a promoção sistemática
dos direitos humanos em todas as estratégias e ações.
Os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)
no Brasil surgiram no início da década de 80, em São Paulo. Neste
contexto, para dar conta da urgência em termos de saúde pública foi
criado em 1983, o Programa Estadual de DST/Aids (PE-DST/Aids), com
quatro objetivos básicos: vigilância epidemiológica, esclarecimento
à população para evitar o pânico e discriminação dos grupos
considerados vulneráveis na época, garantia de atendimento aos
casos verificados e orientação aos profissionais de saúde.