A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta
quinta-feiran uma lista de dados sobre poluentes atmosféricos que
afetam a saúde. Hoje a OMS publicou uma determinação, segundo a
qual a poluição do ar exterior provoca câncer.
Segundo estimativas da organização, a poluição atmosférica de
ambientes externos urbanos causa, anualmente, 1,3 milhão de mortes
em todo o mundo. Cerca de um quarto dessas mortes são provocadas
por câncer de pulmão.
Os materiais particulados (PM, sigla em inglês) são partículas
microscópicas liberadas pela queima de carvão, petróleo e
florestas, mas também têm fontes naturais, como erupções vulcânicas
e tempestades de areia.
O particulado é tão leve que flutua no ar. Algumas partículas são
tão pequenas que podem penetrar profundamente nos pulmões e até
mesmo chegar à corrente sanguínea.
Seus componentes incluem sulfato, nitratos, amônia, cloreto de
sódio, carvão e poeira mineral. Eles também podem conter traços de
metais pesados ou tóxicos como arsênico, cádmio, níquel e
mercúrio.
A exposição crônica aos particulados contribui para a ocorrência de
doenças cardiovasculares e respiratórias, assim como câncer de
pulmão.
Os PM são divididos em duas categorias: PM10, que compreende
partículas entre 2,5 e 10 milionésimos de um milímetro ou
micrômetros; e PM2,5, que é menor que 2,5 micrômetros, trinta vezes
menor que a espessura de um fio de cabelo humano.
Estima-se que o PM2,5 reduza a expectativa de vida na União
Europeia em mais de oito meses, segundo a Agência Ambiental
Europeia (AAE). A exposição, inclusive a níveis baixos de PM2,5
durante a gravidez aumenta o risco de um bebê nascer abaixo do
peso, noticiou esta semana a revista científica The Lancet
Respiratory Journal.
Na estratosfera, esta molécula com três átomos de oxigênio ocorre
naturalmente e nos protege da radiação ultravioleta do Sol.
Mas na superfície, onde se forma em uma reação química entre a luz
solar e gases de escapamento, o ozônio é um componente do chamado
"smog" fotoquímico.
Níveis elevados de ozônio podem causar problemas respiratórios,
provocar ataques de asma e piorar doenças respiratórias.
Segundo a AAE, metade da população da União Europeia que vive em
áreas urbanas pode ter sido exposta a níveis superiores às metas da
UE.
Alguns outros poluentes, também resíduos da combustão ou
resultantes de reações entre gases de escapamento e atmosféricos,
são uma grande preocupação:
Eles incluem o dióxido de nitrogênio (NO2), ingrediente do "smog";
o dióxido de enxofre (SO2); o monóxido de carbono (CO); e uma
variedade de metais pesados.