Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (2) pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) constatou que 72% dos usuários
de planos de saúde consultados disseram-se “satisfeitos” ou “muito
satisfeitos”. Auditados pela ANS, os dados foram coletados por
telefone pelas próprias operadoras, no período de agosto a novembro
de 2012. No total, 89 operadoras de médio e grande porte concluíram
a pesquisa e tiveram os resultados apresentados.
A maior avaliação foi em relação ao atendimento prestados pelas
clínicas e hospitais credenciados. Entre as pessoas consultadas,
73,44% manifestaram-se positivamente sobre os serviços oferecidos e
15,33% reclamaram do tempo de espera para autorização de
procedimentos, sendo o maior índice de insatisfação da
pesquisa.
A pesquisa também abordou a relação custo-benefício da operadora,
as opções de atendimento (rede credenciada), a qualidade dos
serviços, prazos para autorização de procedimentos, a facilidade de
comunicação com a operadora, além de uma avaliação geral do plano,
item que obteve 1,99% de satisfação.
O levantamento consultou 67.322 pessoas em todo o país, com idade
igual ou superior a 18 anos. O número representa 25% do total do
público consumidor de planos de saúde. A pesquisa, voltada para
operadoras de médio e grande porte, foi coordenada pela ANS e
facultou às empresas a decisão de participar ou não.
Das 419 operadoras aptas a participar, 256 aderiram à pesquisa e 89
cumpriram todos os requisitos exigidos pela agência, como
entrevistar o número mínimo de pessoas e seguir a metodologia
definida pela autarquia. Para 2014, a ANS vai tornar obrigatória a
participação de empresas com 100 mil beneficiários ou mais.
Contraponto
Apesar dos resultados favoráveis, as operadoras de planos de saúde
estão as empresas que mais geram reclamações dos consumidores. A
Fundação Procon de São Paulo, por exemplo, divulgou em agosto um
ranking dos dez serviços de saúde que mais geraram reclamações no
primeiro semestre. O segmento ocupou o sexto lugar, com 6.550
atendimentos registrados entre pedidos de orientação e queixas
contra operadoras ou administradora de benefícios.
No mesmo mês, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tentou
suspender 21 operadoras de 212 planos de saúde no Brasil. Os
motivos apontados incluem reincidência na falta de cumprimento dos
prazos de atendimento e negativa de cobertura sem justificativa. As
suspensões foram revertidas na Justiça.