O governo brasileiro
contestou os dados divulgados ontem pela OMS (Organização
Mundial de Saúde), segundo os quais o Brasil está entre os 30
países do mundo com maior incidência de malária.
O ministro da saúde, José
Gomes Temporão, informou, por meio de nota divulgada pela
assessoria de imprensa do ministério, que não reconhece a
informação como verdadeira. De acordo com o Ministério, a doença
está em declínio no país desde 2006.
Nos estados de Roraima,
Rondônia, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Acre, Amazonas e Tocantins
foram notificados 549.184 casos em 2006, e não 1,4 milhão, como
informa o relatório da OMS.
Na forma mais grave da
doença, responsável pelas internações hospitalares, houve uma
diminuição de 46,2% dos casos no primeiro semestre deste ano em
relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o governo.
Em relação à forma mais branda da doença, nos primeiros seis meses
deste ano, comparado ao mesmo período de 2007, ocorreu uma queda de
35,2% no número de casos na Amazônia Legal.
O ministério informou
ainda que o coordenador do Programa de Malária, José Ladislau, fez
contato com a representação da OMS no Brasil para que o relatório
seja corrigido, pois apresenta contradições. Segundo ele, o texto
da OMS informa que, em 2005, o número de casos de malária atingiu
seu pico no país, com 60 mil casos. Logo em seguida, o texto aponta
que, em 2006, teriam sido registrados 1,4 milhão de casos no
Brasil.