Cerca de cem frequentadores da unidade da Vila Mariana da rede
Lucy Montoro de reabilitação terão de procurar outros locais para
seguir o programa de condicionamento físico.
O motivo, de acordo com a Secretaria de Estado dos Direitos da
Pessoa com Deficiência, é uma reforma no local.
Membros do grupo, que realiza exercícios para prevenir problemas
de saúde e inclui pessoas com problemas cardíacos, afirmam que
inicialmente receberam da diretoria da unidade a informação de que
esse atendimento não seria mais oferecido na rede.
Depois, a diretoria deu duas opções: a continuidade do programa
de exercícios em outra unidade da rede, na Lapa, na zona oeste, ou
na Água Funda, na zona sul.
Essa última unidade, no entanto, deve começar a funcionar só em
fevereiro e não atenderá aos cardiopatas.
O aposentado Paulo Simi Martins Costa, 67, que começou a fazer
exercícios na unidade da Vila Mariana após sofrer uma cirurgia
cardíaca, há 16 anos, afirma que a justificativa inicial da
diretoria era de que o propósito da unidade não seria mais o
atendimento aos doentes crônicos, como os cardíacos, e sim aos
casos de trauma.
"A sugestão [da diretoria] foi que a gente procurasse fazer o
que quisesse porque não teria mais academia a partir do dia 21 [de
dezembro]", afirma Costa.
"Como a gente não pode parar de fazer condicionamento físico, temos
de ir para uma academia privada. Mas aí já sem o auxílio médico
[prestado na unidade]."
Só no fim de dezembro começou a ser oferecida a opção da Lapa ou
da Água Funda, mas apenas os não cardíacos poderiam ir para a
futura academia na zona sul, porque só a unidade da zona oeste
teria cardiologistas para acompanhar os exercícios.
OUTRO LADO
A obra na unidade da Vila Mariana não tem data para
terminar.
Segundo a secretaria estadual, os 7.000 atendimentos por mês dos
casos de reabilitação realizados no local não estão sendo afetados
pelas obras.
Ainda não se sabe se os exercícios de condicionamento físico vão
voltar a ser oferecidos por lá para os pacientes do SUS e de planos
de saúde.
"Depois da reforma vamos ver o que vai acontecer", afirma Margarida
Miyasaki, diretora da unidade.