O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, reuniu-se ontem (19) com empresários norte-americanos no
Conselho das Américas, em Washington, Estados Unidos, na tentativa
de ampliar o complexo industrial brasileiro de medicamentos,
equipamentos de saúde e vacinas.
Em entrevista
à Agência Brasil, ele explicou que a lista de
prioridades do governo brasileiro inclui medicamentos
biotecnológicos (fabricados com material de origem biológica) para
o combate ao câncer, além de vacinas contra a dengue e contra o
papiloma vírus humano (HPV), responsável por grande parte dos casos
de câncer de colo do útero.
Padilha lembrou que, na última
segunda-feira (17), a presidenta Dilma Rousseff sancionou uma
medida provisória que incentiva processos de transferência de
tecnologia entre empresas privadas e laboratórios públicos. “Isso
estimula a produção de medicamentos e vacinas no nosso país. Vamos
mostrar ao conselho como funciona esse mecanismo. Nosso objetivo é
trazer essa produção para o Brasil, garantir preços mais baratos e
ampliar o acesso”, ressaltou o ministro.
Pela manhã, na sede da Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas), Padilha apresentou detalhes do
relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que apontou
avanços em políticas públicas brasileiras para a redução da
mortalidade infantil.
O documento destaca que o Brasil já
alcançou os índices definidos pelos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODB) em relação à mortalidade de crianças menores de 5
anos. Em 2011, a taxa no país era 16/1.000, uma queda de 73% em
relação a 1990.
“Não apenas atingimos, como
superamos a meta de 2015. E apresentamos, em Washington, as ações
que levaram a isso”, disse Padilha. Ele destacou ainda
estratégias brasileiras como a decisão de introduzir no calendário
vacinal imunizações contra a diarreia, a pneumonia e a meningite e
a abertura de 1.200 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI)
neonatal dentro do Programa Rede Cegonha.