Verticalização é a maneira
que a cooperativa encontrou para economizar recursos, ter melhores
margens para negocioar e, assim, aumentar sua força de atuação pelo
Brasil
“Como os custos estão aumentando, conseguimos,
com hospitais próprios, economizar dinheiro, principalmente com
materiais e medicamentos", diz Rodolfo de Araújo, da
Unimed
A Unimed, formada por 370 cooperativas espalhadas pelo Brasil,
planeja construir mais 13 hospitais da marca, passando de 101
hospitais próprios para 114. Verticalização é claramente a
estratégia de negócios da companhia, que prevê um investimento
inicial de R$ 400 milhões para os empreendimentos, provenientes de
capital próprio, BNDEs, fundos setorias, entre outras alternativas
de captação de recursos.
“Como os custos estão aumentando, conseguimos, com hospitais
próprios, economizar dinheiro, principalmente com materiais e
medicamentos, além de gastar menos com médicos cooperados”,
afirma o diretor administrativo e financeiro da Central Nacional
Unimed, Rodolfo Pinto Machado de Araújo.
De acordo com o executivo, o projeto de ampliar e construir
hospitais estão em linha com a diretriz da empresa de perseguir
margens melhores para negociar.
Apesar da economia de recursos com a verticalização de seus
serviços, Araújo enfatiza que a empresa busca remunerar o
profissional médico cada vez melhor. Como a gestão das Unimeds é
feita de forma independente, as condições de pagamentos se adequam
às características regionais.
Estrutura futura
Nos próximos anos, serão inaugurados hospitais Unimed em cidades
como Santo Ângelo (RS); Resende (RJ); Ribeirão Preto (SP); Tatuí,
Itapeva; e Coronel Fabriciano (MG).
Obras de ampliação e modernização ocorrerão, além disso, em
Sorocaba (SP), com R$ 31 milhões bancados integralmente pela
cooperativa, e em Novo Hamburgo (RS). A Unimed Belo Horizonte
planeja investir R$ 500 milhões até 2014 para adicionar 550 leitos
à sua rede própria, totalizando 900.
A Unimed ABC, que comprou, em agosto do ano passado, o Hospital
Neomater, começa a reformá-lo.
O perfil da rede de 6.854 leitos baseia-se, em geral, em
hospitais de pequeno e médio porte. “Temos uma regionalização
espontânea do sistema, de acordo com a complexidade que alguns
hospitais atendem. A diferenciação vai acontecendo de acordo com a
demanda”, explica Araújo.
Entretanto, o diretor ressalta a
importância de se ter polos de referência. “Deve haver no futuro
uma hierarquização dos serviços Unimed de forma natural”, comenta
Araújo.