Receber um diagnóstico de câncer pode ter diferentes impactos e tornar o tratamento uma das tarefas mais difíceis enfrentadas por uma mulher. Com o descobrimento da doença, visitas periódicas a hospitais podem afetar a autoestima, resultando em problemas psicológicos.
Além da estética, atrelada geralmente à perda dos cabelos devido à quimioterapia, a fragilidade relatada por algumas pacientes também pode ser um fator decisivo.
Algumas formas da doença podem se provar mais desafiadoras, psicologicamente, do que outras. É o caso dos cânceres de mama, ovários e útero, que estão diretamente ligados à feminilidade da paciente. No caso do primeiro especialmente, pois a possibilidade da retirada da mama tem impacto direto na autoestima.
O câncer de mama é o 2º tipo mais comum da doença entre mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva -INCA- somente em 2018, já foram 1.130 casos novos, apenas no Espírito Santo.
Câncer de mama e autoestima
O médico mastologista e ginecologista Cleverson Gomes do Carmo Junior, da Medquimheo, esclarece que a cirurgia de câncer de mama é apenas uma etapa, o tratamento também pode ser realizado com quimioterapia, radioterapia e hormonoterapia. ‘’Porém, tudo depende do caso e do quanto a doença já avançou. Nem todas pacientes passam pelas quatro terapias, o tratamento é pensado de forma individual’’, completa.
O médico explica que a autoestima é fundamental e a paciente precisa entender que os procedimentos fazem parte do tratamento. ‘’Se elas agregarem problemas, não aceitarem o tratamento proposto, vão surgir doenças como por exemplo a depressão’’, ressalta. Além disso, o médico cita a importância do apoio de amigos e familiares. Para ele, é nesse momento que as pacientes precisam obter força, para um tratamento longo, mas com sucesso.