As cenas seguintes não são tão difíceis de imaginar. Você precisa passar por um procedimento médico e o mesmo não é autorizado por seu plano de saúde ou o usuário não consegue marcar uma consulta dentro do prazo estabelecido pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Esses são apenas dois exemplos dos diversos problemas que muitos consumidores já enfrentaram com as operadoras que oferecem esse tipo de serviço.
O que muitos não sabem é que o acesso aos serviços dos planos de saúde não deve ser dificultado ou impedido em diversas situações. Para solucionar problemas dessa natureza, o Procon de Alagoas reforça que conta com um núcleo especializado em plano de saúde, localizado em sua sede, na Rua Oldemburgo Paranhos, no Farol.
De acordo com informações do órgão, a demanda mensal de reclamações é de, aproximadamente, 60 atendimentos referentes a reajuste de faixa etária e anual; negativa de procedimentos, como cirurgias e exames; reembolso, entre outros assuntos. O objetivo do serviço é sempre encontrar um caminho justo tanto para o consumidor como para a empresa. É o que explica coordenadora do Núcleo, Tracy Scardiglia:
“Trabalhamos sempre buscando uma solução que satisfaça as partes envolvidas, analisando o contrato e dialogando com as empresas”, pontua Tracy, acrescentando que boa parte da demanda pode ser solucionada com uma simples ligação. “Quando o consumidor procura as operadoras, às vezes, o retorno sobre a situação demora de dez a quinze dias. No núcleo, conseguimos resolver com mais agilidade”, complementa.
Conciliação
O vendedor José Cláudio foi um dos consumidores que procuraram o serviço do Procon de Alagoas e teve seu problema resolvido. José e sua família foram surpreendidos com uma cobrança no valor de R$ 43 mil. Acontece que Maria do Rosário – a mãe do vendedor – tinha realizado um procedimento em um hospital em Maceió por meio da autorização de um plano de saúde, no entanto o serviço não estava dentro da cobertura do mesmo.
Poucos dias depois, o hospital chamou a família para conversar e comunicar que o sistema naquele momento havia autorizado, mas o plano alegou não cobrir o serviço. Sem saber como proceder, João decidiu procurar o órgão.
“Não sabíamos que o plano não cobria as próteses da minha mãe e em momento nenhum fomos comunicados do valor. Procuramos o Procon/AL, que conseguiu resolver nossa demanda de forma rápida, evitando transtornos maiores”, expõe José.
Segundo Tracy, o problema surgiu porque o plano da Dona Maria não era adaptado a tudo que a ANS prevê. “Na audiência alegamos que o procedimento era para ter sido negado no ato e não depois, tendo em vista que eles não tinham a informação. Com isso conseguimos que a cobrança fosse retirada e aconselhamos a mãe do José Cláudio a adaptar o seu plano”, finaliza a coordenadora.
Os consumidores que tiverem alguma dúvida ou problema relacionado às operadoras de planos de saúde deve procurar ajuda no Núcleo, que funciona de 8h às 14h, na Rua Oldemburgo da Silva Paranhos (antiga Rua Goiás), 341 – Farol. É possível também entrar em contato por meio do 151 e até mandar mensagem no whatsapp (82) 9.8889-6619.