A Susep criou uma força-tarefa que tem
a missão de coibir as operações de seguros por empresas sem
autorização para atuar no setor. A revelação foi feita pelo
superintendente da autarquia, Joaquim Mendanha de Ataídes, ao
anunciar outra medida para complementa essa ação, que será a
constituição de um amplo grupo de trabalho, integrado por
representantes do Governo, do mercado de seguros, de órgãos de
defesa do consumidor e até das cooperativas visando a discutir esse
mercado marginal.
Segundo ele, um órgão supervisor forte
deve prezar pela eficiência do setor e atuar “como agente de
fomento e de combate ao mercado marginal”.
O grupo de trabalho, que será
oficialmente anunciado até o dia 30 de outubro, terá representantes
da Susep, da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério
da Fazenda; da CNseg, da Fenacor e da Escola Nacional de Seguros; e
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Mendanha destacou que todas as
empresas que comercializam produtos de seguro “precisam ser
autorizadas pela Susep”. Nesse contexto, a autarquia vê o mercado
marginal com grande preocupação. “A prática ilegal causa prejuízos
à população porque não há proteção jurídica para o consumidor. O
consumidor precisa estar bem informado para não levar gato por
lebre’, alertou, em comunicado divulgado pela Susep.
O superintendente da Susep frisou
ainda que a iniciativa busca colocar em discussão o mercado
marginal como um todo, não apenas a chamada proteção veicular.
De acordo com a autarquia, apenas em
relação à proteção veicular, há cerca de 180 ações civis públicas,
nas quais a Susep é a autora principal, mas há também outras ações
movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).
Na Diretoria de Supervisão de Conduta
da Susep, há pelo menos 200 processos administrativos referentes à
proteção veicular em apuração de indícios de irregularidades.
Além disso, estão analisados outros 20
processos referentes a seguros de vida e acidentes pessoais.