Já faz algum tempo que as entidades e
os profissionais do mercado de seguros vêm alertando sobre os
perigos de operações denominadas “proteção veicular”, feitas por
associações e cooperativas. A prática, no entanto, continua
ocorrendo com frequência, pondo em risco o patrimônio dos que
pensam estarem seguros ao procurarem se proteger por meio dessas
associações, pensando que as soluções mais baratas lhe trarão
benefícios, e que acabam contratando gato por lebre.
“Imaginem uma associação de 10
pessoas, por exemplo, em que todos associados pagam em forma de
rateio as despesas dos sinistros além das mensalidades. No meio do
caminho, um dos veículos com valor de 100 mil reais sofre um
sinistro com perda total.São 10 associados e cada um terá que pagar
10 mil além das mensalidades para poder cobrir o sinistro”,
exemplifica o corretor de seguros Carlos Valle. Profissional
experiente, diretor da Valle Corretora de Seguros e diretor da
Fenacor complementa: “Se os associados, inclusive o prejudicado não
pagarem este rateio, o sinistro não será pago e o prejudicado nada
receberá e nem poderá ajuizar uma ação, pois ele é associado, é
parte do negócio, não é consumidor”.
Valle lembra que é fácil conhecer
quais empresas são autorizadas a comercializar seguros pela
Superintendência de Seguros Privados (Susep). “Acessando o
site www.susep.gov.br você encontra
a relação das seguradoras que podem operar no Brasil. E o caminho
mais fácil, mais equilibrado e mais justo é você procurar um
corretor de seguros, que é o único profissional, por lei, que pode
intermediar seguros no País”, conclui.