O Ministério da Agricultura, Pecuária
e do Abastecimento (MAPA) publicou no Diário Oficial da União a
Portaria n° 346, que aprova o Plano de Ação “Pescador Legal” e
institui o Comitê Revisor do Cadastro de Pescadores Profissionais
Artesanais.
A mudança do sistema vai aumentar a
fiscalização sobre essas licenças. Em Mato Grosso do Sul há cerca
de 6,5 mil cadastrados nessa modalidade. Entre esses licenciados,
uma parte tem direito a receber seguro durante a piracema no valor
de um salário mínimo (R$ 937). No Estado são cerca de 3,2 mil
pessoas com esse direito.
O principal objetivo do comitê é o de
construir e incorporar um novo cadastro dos pescadores
profissionais artesanais no Registro Geral de Pesca, que deverá
entrar em operação no próximo mês de maio.
O diretor do Departamento de
Monitoramento e Controle da Aquicultura e Pesca, Márcio Cândido
Alves, explica que está em desenvolvimento o novo sistema de
registro, “que proporcionará o cruzamento de dados com os demais
sistemas da União, como o da Receita Federal, o Cadastro Nacional
de Informações Sociais (CNIS), o Sistema de Controle de Óbitos
(SISOBINET), da DATAPREV, entre outros”.
O Plano de Ação prevê o
recadastramento dos pescadores profissionais artesanais dentro do
Sistema de Cadastro do Produtor Rural e demais Agentes (SICAN),
hoje sediado na Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), que
encontra-se em fase de adaptação.
A Conab tem mecanismos melhores para
aumentar o controle na emissão desses registros por conta de
ferramentas de inteligência. O objetivo é coibir fraudes.
“O sistema SICAN permitirá que
auditemos e fiscalizemos todo o sistema. O verdadeiro pescador
artesanal não tem com o que se preocupar, pois o novo sistema é a
garantia de que ele receberá o seguro-defeso. Já o fraudador será
excluído e, ainda, responsabilizado perante à legislação vigente.
Em breve, lançaremos campanha de divulgação sobre o assunto,”
adiantou Márcio Cândido.
O sistema está ancorado em plataforma
informatizada, que facilitará a vida dos pescadores, pois não
precisarão mais se deslocar até as Superintendências Federais de
Agricultura.