Após ter sido constatada a "ausência de fluxo
cerebral" na quinta-feira (2), a ex-primeira dama
Marisa Letícia Lula da Silva, 66, vai passar por dois exames nesta
sexta-feira (3) para comprovar que houve morte.
Será feito um eletroencefalograma e um
Doppler transcraniano. Ambos exames fazem parte do protocolo
internacional para avaliação de morte cerebral. Só após um
diagnóstico preciso e formal é que a doação de órgãos pode ser
feita.
Esses exames já haviam sido feitos na
quinta-feira pela equipe médica que trata Marisa Letícia. Eles
serão repetidos porque ontem a ex-primeira dama ainda estava sob o
efeito da sedação.
O segundo informou a equipe de
comunicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por meio da
página dele no Facebook, o primeiro exame deve acontecer às 12h e o
segundo às 18h, seis horas depois do primeiro, como manda o
protocolo. Não há informações sobre qual será feito primeiro.
Assim que for feita a formalização da
morte cerebral, os órgãos já podem ser doados imediatamente.
Às 15h30 de ontem, equipes da OPO
(Organização de Procura de Órgãos), ligada à Secretaria de Estado
da Saúde, e do hospital Sírio Libanês já tinham avaliado quais
órgãos estão em condições de serem transplantados. Já está sendo
verificado na lista única da Central de Transplantes brasileira
quais os eventuais receptores aptos a receber os órgãos que possam
ser doados. Ainda não há informações sobre quais órgãos poderão ser
doados.
Marisa está internada em estado grave
no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 24 de janeiro, após
sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico. Ela chegou
a apresentar uma ligeira melhora na terça-feira (31), e a sedação
começou a ser reduzida. Como ela não reagiu bem, voltou a ser
sedada.
Ontem a equipe médica constatou
ausência de fluxo cerebral, de acordo com boletim divulgado na
manhã da quinta (2), e logo após a divulgação quadro clínico de
Marisa a família informou que deu autorização para que fossem
iniciados procedimentos para doação de órgãos.
O velório vai ser realizado no
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (ABC
Paulista), cidade em que reside a família Lula, mas ainda não há
data nem hora prevista.