A Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 389/16,
que atualiza a convenção que criou a Agência Multilateral de
Garantia ao Investimento (Miga), instituição pertencente ao Banco
Mundial que conta com 156 países-membros, incluindo o Brasil.
O projeto, que baseia-se em mensagem
enviada pelo Executivo, recebeu parecer favorável do relator,
deputado Delegado Waldir (PR-GO).
Ele afirmou que o Brasil é um dos dez
países mais beneficiados pela atuação da Miga. A instituição
trabalha em conjunto com seguradoras privadas para fornecer seguro
associado a investimento estrangeiro que cubra o risco
político.
O seguro para risco político é comum
em operações internacionais (como financiamentos e investimentos)
que envolvam países com instabilidade política e econômica.
O PDC aprovado atualiza dois artigos
(11 e 12) da convenção que criou a Miga. Segundo Delegado Waldir, o
primeiro visa eliminar a exigência de pedido conjunto, pelo
investidor e pelo país anfitrião, para autorizar cobertura de
riscos não-comerciais.
A segunda mudança permite que o
Conselho de Governadores (órgão de gestão da Miga) possa aprovar,
por uma maioria especial, a ampliação das modalidades de
investimento cobertas pela agência.
Segundo o relator, as duas mudanças
são consideradas essenciais para adequar o mandato da Miga “à nova
realidade da indústria de seguros e do mercado financeiro”.
Delegado Waldir explicou ainda que no
plano internacional, a atualização da convenção já foi implantada
pela Resolução 86, de 2010. Para entrar em vigor também no Brasil,
é necessária a aprovação do Congresso Nacional.
O PDC 389 será analisado agora no
Plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado.