Os planos de saúde popular devem
ser de 20% a 25% mais em conta do que os tradicionais. A previsão
foi feita, nesta quarta-feira, pela presidente da Federação
Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Mendes.
Ela explicou que, embora o ministro da saúde, Ricardo Barros, tenha
dado uma ideia dos preços — de R$ 80 a R$ 120 —, há vários produtos
no mercado, com valores baixos e, em alguns casos, muito altos.
— Em planos de saúde, você tem
vários tipos de produto, em função da rede credenciada, da
operadora, da faixa etária (do beneficiário). Você tem produtos de
70 reais até milhares de reais. Quando o ministro fala nesses
valores, ele deu uma ideia. Mas tem vários produtos. Eu diria que o
que a gente está pensando junto com eles é se a gente consegue ter
uma redução de 20% a 25% em relação ao que hoje está sendo
praticado.
Segundo Solange, a chegada desses
planos ao mercado não deve ser rápida.
— Com muito esforço, (pode sair) no
final do ano. A conversa ainda não começou. O ministro anunciou
isso é que vai formar um grupo se trabalho. Aí é que eu acho que a
conversa vai começar. É um processo. Agora, nós já estamos
refletindo sobre isso.
O plano de saúde mais em conta é a
segunda iniciativa do governo este ano na tentativa de baratear os
preços dos seguros. Em fevereiro deste ano, a Superintendência de
Seguros Privados (Susep) anunciou a criação do seguro popular de
automóvel, que, no entanto, ainda não saiu do papel. A
popularização dos seguros foi um dos temas abordados ontem durante
o lançamento do Programa de Educação em Seguros da Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e
Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg). A iniciativa prevê
a adoção de várias medidas pela entidade para combater a falta ou a
imprecisão de informações repassadas aos consumidores. Uma das
metas da CNSeg com o programa é reduzir em até 25% o número de
reclamações contra as seguradoras até 2020.