A
resseguradora Allianz Global Corporate & Specialty
(ACGS) analisa em seu novo relatório
– Um Guia para os Riscos Cibernéticos: Administrando o
Impacto da Interconectividade Crescente – as últimas
tendências em risco cibernético e
ameaças emergentes pelo mundo. De acordo com o guia, riscos
cibernéticos são o tipo de ameaça que mais cresce, custando
aproximadamente 445 bilhões de dólares por ano, dos quais metade
estão relacionados às 10 maiores economias do planeta.
No Brasil, os ataques
cibernéticos aumentaram 48% em 2014, segundo o estudo
“Managing cyber risks in an interconnected world” da
PWC. O estudo mostra ainda que o número de incidentes cibernéticos
detectados subiu para 42,8 milhões em relação a 2013 (o equivalente
a 117.39 novos ataques todos os dias).
“Há 15 anos, os ataques
cibernéticos eram rudimentares e ações típicas de ativistas
hackers, mas com
ainterconectividade crescente,
a globalização e a comercialização
dos crimes cibernéticos houve um aumento
tanto na frequência como na severidade dos ataques,” explica o CEO
da AGCS Chris Fischer Hirs. “A AGCS enxerga uma demanda crescente
por esses serviços e nós estamos comprometidos a trabalhar com
nossos clientes para entender e responder melhor ao aumento da
exposição aos riscos cibernéticos.”
Políticas de
regulação rígidas e novas ameaças cibernéticas
O crescimento da conscientização
sobre a exposição no meio digital assim como mudanças regulatórias
irão acelerar o crescimento do seguro contra riscos cibernéticos.
Com pouco mais de 10% das companhias a oferecerem atualmente
apólices específicas para esse tipo de risco, a AGCS prevê que os
prêmios para os seguros contra riscos cibernéticos passarão de 2
para 20 bilhões anuais na próxima década, registrando uma taxa de
crescimento anual de mais de 20%.
Anteriormente, a atenção estava voltada aos vazamentos de dados,
mas a nova geração de riscos cibernéticos é muito mais complexa: as
ameaças futuras serão relacionadas ao roubo de propriedade
intelectual, ciberextorsão e ao impacto da interrupção das
operações ou falhas técnicas causadas por um ciberataque, riscos
que normalmente são subestimados.
Conectividade cria
riscos
O aumento da interconectividade nos
dispositivos do dia-a-dia e da confiança na tecnologia tanto no
âmbito pessoal quanto no corporativo resultará em futuras
vulnerabilidades. Algumas estimativas sugerem que um trilhão de
dispositivos podem estar conectados até 2020, enquanto ainda
preveem que mais de 50 bilhões de máquinas poderão trocar dados
diariamente.
Eventos catastróficos
Com o grande
número de ocorrências de vazamento de dados, a probabilidade de uma
perda catastrófica tem aumentado. Como será essa perda, entretanto,
é difícil de prever. Os cenários incluem ataques à infraestrutura
central da internet e até mesmo a empresas de energia ou utilidade
pública, podendo resultar na escassez de serviços e na
possibilidade de perdas de vidas no futuro.
Cobertura
autônoma
A Allianz prevê
que o foco do seguro contra riscos cibernéticos precisa evoluir
para prover uma cobertura mais abrangente e completa ao incluir
interrupções de operações e estreitar os espaços entre a cobertura
e políticas para regulação da tecnologia.
Respondendo ao risco
cibernético
O relatório da AGCS destaca os
passos que as companhias podem tomar para se proteger contra riscos
cibernéticos. O seguro é apenas parte da solução, mas uma abordagem
de gerenciamento de riscos compreensiva é a fundação para uma boa
defesa cibernética. “Uma vez que o seguro contra riscos
cibernéticos tenha sido adquirido, isso não significa que a
segurança de TI possa ser ignorada. Os aspectos tecnológicos,
operacionais e de seguro estão de mãos dadas”, explica Jens
Krickhahn, especialista em cibernética e fidelidade da AGCS no
Centro e Leste Europeu. A AGCS recomenda uma abordagem integrada
onde diferentes especialistas da empresa colaborem para
compartilhar conhecimento.