Os planos empresariais poderão ter um reajuste de, em
média, 18,09% neste ano, de acordo com estudo da consultoria Aon. A
estimativa considera os gastos das operadoras. Na ano passado, o
índice foi de 16,12%. Para a consultoria, os principais motivos do
avanço do indicador neste ano são a valorização do dólar frente ao
real, já que equipamentos e medicamentos são, em sua maioria,
importados, a falta de leitos hospitalares privados nos grandes
centros urbanos e a pressão de médicos por melhores
salários.
Para Antonio Carlos Abbatepaolo,
diretor-executivo da Abramge (associação dos planos de saúde),
outros fatores para o aumento maior são a incorporação de novas
tecnologias e o aumento da frequência da utilização de
procedimentos médicos.
Ele explica que, em média, a
cada consulta são solicitados cinco exames médicos. A FenaSaúde
(federação de saúde) também concorda que esses dois pontos são os
principais motivos para o aumento. "A escalada dos preços de
medicamentos e materiais médicos também impactam fortemente nas
despesas com saúde", diz. O reajuste dos planos empresariais tem
livre negociação e não precisa seguir um índice máximo determinado
pela ANS (agência de saúde), como ocorre com os planos individuais.
Por isso, os reajustes são maiores.
- Principais motivos para o
reajuste
- Valorização do dólar em relação ao real
- Frequência maior de realização de exames
- Incorporação de novas tecnologias
- Pressão da classe médica por melhorias nos
salários
Quanto subiu nos
últimos anos
2010 - 11,70%
2011 - 10,70%
2012 - 13,30%
2013 - 14,70%
2014 - 16,12%