O ano de 2022 foi marcado por
importantes adversidades locais e internacionais, com instabilidade
na economia, impactando alta da inflação, alta taxa de desemprego,
o cenário de guerra entre a Rússia e a Ucrânia e outros. Esses
fatores afetam fortemente o mercado brasileiro de uma forma geral,
em todos os segmentos, seja automotivo, seja imobiliário, seja
saúde, seja financeiro etc. Para as seguradoras, não é diferente,
também sentimos os desafios. Na minha visão, o ano de 2022 foi um
ano de reorganização e de reconstrução do mercado segurador, após o
cenário de pandemia. Afinal, temos de nos adaptar como qualquer
outro ramo e seguir diferente em 2023.
Seguiremos em evolução. Acredito
que teremos um cenário macroeconômico de mais estabilidade, melhora
da inflação e das taxas de juros. Será um ano com grandes
oportunidades impulsionando ainda mais o setor de seguros. E como
fica o nosso futuro? Do lado da HDI, estamos apostando muito na
diversificação de portfólio. Um exemplo disso é a aquisição das
linhas de negócios de varejo da Sompo e a criação de novos
produtos, além de um olhar especial para o setor de agrocultivo e o
de máquinas e implementos. Uma peça-chave importante para que tudo
se concretize é a parceria com os corretores de seguros. Até hoje,
os corretores desenvolveram um papel propulsor para a expansão do
seguro e da fusão da cultura do seguro no Brasil. No entanto, com a
transformação digital cada dia mais presente no setor, além de um
consumidor com muito mais acesso à informação e, consequentemente,
maior nível de exigência, todo o nosso trabalho toma uma nova
dimensão.
Acredito, portanto, que devemos,
seguradoras e corretores, caminhar juntos, identificando novas
oportunidades de negócios, atender um novo público também mais
jovem, que têm necessidades distintas daquelas do passado, como
proteção para o celular, para as transações na Internet, bolsa
protegida, entre outras.
Por um lado, estamos pensando em
soluções para alavancar e diversificar o portfólio do corretor. Por
outro lado, é imprescindível o profissional acompanhar todas essas
mudanças de fazer negócio e de atender o cliente. O seu papel se
torna ainda mais consultivo e mais próximo ao cliente, ou seja, é
vital estabelecer uma conexão com o perfil do cliente, conhecer as
suas necessidades e as suas dores, para que a proposta de seguro
seja mais eficiente e assertiva.
Hoje, é possível propiciar muitas
facilidades para o trabalho do corretor. Pelo smartphone, por
exemplo, o profissional consegue acessar informações importantes
sobre sua carteira de clientes, acionar a seguradora para
atendimento personalizado e suporte, dar retorno a uma solicitação
do consumidor, enviar uma proposta de apólice, enfim, há uma
infinidade de benefícios.
Certamente, as seguradoras que vêm
continuamente inovando e acompanhando as mudanças mercadológicas,
independentemente dos aspectos econômicos locais e mundiais,
seguirão ofertando os melhores produtos e serviços aos seus
clientes, com a presença e a participação dos corretores de
seguros.
Nós, na HDI, estamos trabalhando à
frente de novos projetos, incluindo o ramo rural, por exemplo. Eu
acredito que sempre há oportunidades. É importante nos mantermos
conectados, seguradoras e corretores, acompanharmos as
movimentações de mercado e atuarmos de maneira estratégica para
contribuir com a geração de novos negócios.
* Eduardo Dal Ri, CEO da HDI
Seguros
Com mais de 25 anos de
experiência, o executivo é graduado em Ciências Atuariais, pela
UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), possui
especialização em Finanças Corporativas, pela FGV-RJ (Fundação
Getúlio Vargas), e MBA em Marketing de Serviços e Economia
Empresarial pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e
USP (Universidade de São Paulo).