Riscos de Engenharia (91,2%),
Grandes Riscos (50,8%) e seguro Rural (35,7%) são os ramos de
maior destaque no ano
O setor de seguros (sem Saúde e
DPVAT) manteve bom desempenho e apresentou forte crescimento de
20,3% em abril na comparação com o mesmo mês de 2021. Nos quatro
primeiros meses do ano, a expansão foi de 16,5%.
“Os dados de abril demonstram a
solidez do crescimento do setor e reforçam as expectativas da CNseg
de que 2022 será um ano muito positivo para o ramo de seguros no
Brasil”, avalia o presidente da Confederação Nacional das
Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, no edital da publicação
Conjuntura CNseg nº 74.
Oliveira destaca que das 32
categorias da classificação utilizada pela CNseg, 24 apresentaram
crescimento positivo no acumulado do ano até abril. “Os
principais fatores são a retomada da atividade econômica
pós-pandemia e uma maior percepção da importância dos seguros que a
pandemia trouxe para grande parte da sociedade. Em face das
dificuldades enfrentadas nesses últimos anos, constatamos mais uma
vez que os seguros são uma importante ferramenta social para
garantia das condições de vida e estabilidade financeira das
famílias e empresas”, afirma.
A expansão do setor nesses
primeiros quatro meses do ano tem sido sustentada, de um lado, pelo
bom desempenho de ramos de grande participação no mercado como o de
Automóveis (26%) e seguro Rural (35,7%) e, de outro, pelo forte
crescimento de seguros de Grandes Riscos (50,8%) e Riscos de
Engenharia (91,2%).
A expansão do seguro de Riscos de
Engenharia está ligada à normalização das atividades em vários
setores da economia após a pandemia da Covid-19. “Popularmente
chamado também de seguro de obras, indeniza o segurado em caso de
danos materiais causados por acidentes ocorridos durante a
realização de obras, tais como construções ou reformas. Ele se
aplica a qualquer tipo de obra e cobre inclusive acidentes causados
por veículos, roubo e furto de insumos. Este seguro pode ser
contratado por pessoas físicas ou jurídicas e seu custo representa
muito pouco sobre o valor da obra”, explica o presidente da
CNseg.
Os pagamentos de indenizações,
benefícios, resgates e sorteios mantiveram o ritmo acentuado de
crescimento no primeiro quadrimestre, totalizando R$ 75,5 bilhões,
alta de 26% em relação ao mesmo período de 2021. Grande parte dessa
expansão das indenizações se deve ao aumento de preços de veículos
novos e usados assim como das peças automotivas.
Outro destaque neste período são as
indenizações do seguro Rural que somaram R$7,2 bilhões, alta de
394,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor já
supera o total pago em todo o ano de 2021, em razão de condições
climáticas adversas.