Estar atento sobre como a
conjuntura econômica pode influenciar no valor dos riscos a serem
estipulados na contratação ou renovação dos seguros é parte
essencial do trabalho de consultoria do corretor de seguros. No
caso dos seguros patrimoniais de ramos como Empresarial,
Residencial e Condomínio, o aquecimento do mercado de construção
civil e a inflação nesse mercado passou a exigir uma atenção
especial na hora de determinar o Limite Máximo de Indenização (LMI)
das apólices.
“Essa é uma oportunidade de os
parceiros corretores de seguros fidelizarem seus clientes ao
prestar uma consultoria proativa e efetuar a revisão dos limites de
indenização nas apólices de seguro patrimonial em suas carteiras.
Eventuais ajustes podem não influenciar substancialmente no valor
do prêmio a ser pago, mas garantem a satisfação do segurado se, no
caso de um sinistro, receber a notícia de que o valor contratado
para indenização é compatível para a reposição das perdas”, destaca
Fernando Grossi, diretor Executivo Comercial e de Marketing da
Sompo Seguros.
Variação nos preços da
construção civil
O Índice Nacional da Construção
Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, alcançou em fevereiro deste ano uma
variação média acumulada de 16,28% em doze meses. A maior
influência foi o aumento de 23,29% nos Materiais, Equipamentos e
Serviços; enquanto a Mão de Obra apresentou aumento de 7,10%. O
custo nacional da construção, por metro quadrado, ficou em R$
1.533,96 em fevereiro deste ano, sendo R$ 922,86 relativos aos
materiais e R$ 611,10 à mão de obra. Para se ter uma ideia sobre a
variação de preços, o custo nacional da construção apurado em
fevereiro de 2021 foi de R$ 1.319,18, sendo R$ 748,58 relativos aos
materiais e R$ 570,60 à mão de obra.
Um fator relevante é que, no
acumulado do ano passado, o Sinapi atingiu o índice de 18,65%,
subindo 8,49 pontos percentuais em relação a 2020 (10,16%) e
chegando à maior taxa para este indicador na série histórica,
iniciada em 2013. Os indicadores do Sinapi auxiliam na atualização
de valores de despesas nos contratos e orçamentos da construção
civil.
Outro indicador que apresentou uma
variação significativa foi o Índice Nacional de Custo da Construção
(INCC). Esse foi o primeiro índice desenvolvido para monitorar a
evolução dos preços de materiais, serviços e mão-de-obra destinados
a construção de residências no Brasil. Além de se um dos índices
componentes do Índice Geral de Preços (IGP) do FGV IBRE, o INCC
continua sendo, mais de 70 anos depois, um dos mais importantes
indicadores de preços para o seu segmento. Em fevereiro, o INCC
apresentou uma variação acumulada média de doze meses de 13,04%. No
quesito Materiais, Equipamentos e Serviços; o aumento nesse período
foi de 19,59%, enquanto a Mão de Obra ficou 6,62% mais cara.
“Esse tipo de informação é
importante para que o corretor de seguros tenha parâmetros que
possam ser utilizados como base para avaliar o risco contratado na
apólice e os valores atualizados do LMI a ser considerado. No fim
das contas, esse é um processo em que todos saem ganhando. O
cliente conta com a consultoria especializada e com um risco
contratado ajustado à realidade do valor do patrimônio. Já o
corretor tem a fidelização de seu cliente e uma rentabilização
quando levamos em conta a totalidade de sua carteira”, observa o
executivo.