Com cerca de 3% dos colaboradores autodeclarados LGBTQIA+, a
iniciativa tem como objetivo apoiar a representatividade dessa
comunidade
Diversidade e inclusão são pilares prioritários para a Quali,
administradora de planos de saúde coletivos, que lançou no final de
2020 o primeiro programa focado no tema, o Quali Plural. Com o
objetivo de promover a transformação cultural e o desenvolvimento
de mindset inclusivo da liderança e dos demais funcionários, o
programa propõe a realização de oficinas para discutir os desafios
de cada público e adaptações para tornar acessíveis e inclusivos
todos os seus canais de comunicação. Para celebrar o Dia Nacional
da Visibilidade Trans, que acontece na próxima sexta-feira (29), a
Quali convidou colaboradores e influenciadores a contarem suas
histórias pelo IGTV da Companhia. A iniciativa tem como objetivo
apoiar a representatividade dessa comunidade.
“Assumimos o desafio de trabalhar entre os diferentes públicos,
internos e externos, as transformações necessárias para nos
tornarmos ainda mais inclusivos”, conta a diretora da Pessoas &
Cultura, Flávia Pontes. “Os resultados têm sido cada vez mais
positivos e não pretendemos parar por aqui. Sabemos da importância
da representatividade e da inclusão e temos buscado cada vez mais
realizar ações externas, como é o caso dos processos seletivos às
cegas, sem que recrutadores e candidatos se vejam, como também
internas, em que conhecemos mais sobre os nossos Qualis e
respeitamos e valorizamos as diferenças e o jeito de cada um ser”,
explica Flávia.
São
ações que ficam evidentes em números. No quadro de colaboradores da
companhia, 70% são mulheres, 30% são negros ou pardos e 5% são
pessoas com deficiência (PCDs), enquanto aproximadamente 3% de
pessoas são autodeclaradas LGBTQIA+, como é o caso de Cá Menah, de
25 anos, trans não-binária. Há dois anos na Quali na área Jurídica,
Menah recorda que questionava seu gênero desde a adolescência, mas
não sabia ao certo como se definir. “Apenas tinha certeza de que
não era homem e que um dia me identificaria como mulher”, conta.
“Não tem muito tempo que escutei o termo não-binário, quando a
pessoa não se entende como homem nem mulher, e passei a pesquisar
mais sobre isso em diferentes plataformas. Foi então que minha
ficha caiu”, completa Menah.
Foi
em junho do ano passado, a partir de uma pesquisa interna da Quali,
que Menah diz que passou a se sentir mais à vontade para falar
sobre a sua identidade dentro da Companhia. “Me senti mais
representade, uma vez que a Quali também readequou a sua linguagem
para algo mais neutro”, explica. Desde então, Cá passou a assinar
os materiais corporativos como advogade, utilizando a forma neutra,
já que não se identifica com nenhum gênero. A atitude, alinhada e
aprovada por sua gestora, trouxe a Menah “um incrível sentimento de
pertencimento” na Companhia. “Nos afirmarmos e reafirmarmos todos
os dias não é fácil e eu luto para que, quem sabe um dia, se torne
mais leve”, finaliza.
Série de vídeos-depoimentos
LGBTQIA+
Por
conta do Dia Nacional da Visibilidade Trans, a Quali trará em seu
IGTV histórias de influenciadores e colaboradores transsexuais. O
primeiro vídeo-depoimento será o de Cá Menah, disponível a partir
desta quarta-feira (27).
Na
quinta-feira (28), o vídeo é de Rodolpho Corrêa (@_rolfis). Sua
pesquisa acadêmica está centrada no corpo-cárcere, mostrando o
corpo trans em performance. Rodolpho já participou de um desfile na
Casa de Criadores, representando sua bandeira com a marca Converse
Brasil e faz parte do CATS | COLETIVO ARTÍSTICO – Coletivo de
Artistas Transmasculines – @cats_trans.
O
terceiro vídeo-depoimento será divulgado na sexta-feira (29), com
Bielo Pereira (@hellobielo), apresentadora e empresária Bigênere,
Prete e Gorde. A influencer é podcaster em “As Tias Do Pavê”
@astiasdopave, além de palestrante e mentora em diversidade e
inclusão corporativa. É ativista na luta das pessoas trans contra o
racismo e gordofobia.