Custos na saúde sobem com
reforma
Carga tributária passaria de 4,23% a 9,79% para operadores e de
9,9% para 17,7% no caso de hospitais e laboratórios
A reforma tributária proposta pelo
governo federal provocaria um aumento de 7,4% nos custos dos
hospitais e laboratórios de medicina diagnóstica e de 5,2% para os
convênios médicos, de acordo com levantamento da LCA Consultores,
feito a pedido da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde). O
estudo estima que, com esse aumento, haveria uma redução de R$ 4,3
bilhões em gastos com saúde na área privada, sobrecarregando o
Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa conta considera desde
procedimentos médicos que deixariam de ser feitos, até a redução no
número de usuários de planos de saúde e a migração para convênios
de custo menor. “Esse valor equivale a 500 mil pessoas perdendo o
plano individual, que tem um tíquete médio de R$ 777,46”, disse
Bruno Sobral, diretor-executivo da CNSaúde. O segmento de planos
individuais tem 8,7 milhões de usuários.
A entidade questiona o tratamento
diferenciado dentro do setor, na contramão do próprio discurso do
governo de aplicar uma alíquota única de 12% para todos. As
operadoras, que hoje são tributadas em 4,23%, pagariam 9,79%. Já a
carga tributária para os hospitais e laboratórios saltaria de 9,9%
para 17,7%, considerando o critério da cobrança sobre areceita
líquida (incidência por dentro).
Publicado originalmente no Valor onde
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