A resposta às crises é o que
diferencia e marca a história das empresas
Por Geraldo
Almeida Lima, presidente do Sindicato Nacional das Empresas de
Odontologia de Grupo – SINOG
Desde 20 de março, quando foi
decretado oficialmente que o Brasil está em estado de calamidade
pública, o Governo Federal poderá manter ou aumentar os gastos
públicos, ainda que se registre uma diminuição de receitas, a fim
de proteger os empregos dos brasileiros com a queda de arrecadação
por conta da pandemia de COVID-19. Antes disso, em 5 de fevereiro,
o Ministério da Saúde anunciou o aumento de alerta em saúde de
perigo eminente adotando medidas de contenção da pandemia, tais
como, a contração de médicos, compra de medicamentos, insumos e
equipamentos hospitalares. Em ambos os casos, configuram-se como
medidas protetivas.
E o que o segmento da Odontologia
Suplementar pode fazer nesse momento? Cruzar os braços e esperar a
poeira baixar? De maneira nenhuma. Embora o novo cenário tenha
paralisado o mundo sem qualquer aviso antecedente, dificultando
ações imediatas para efeitos causados, precisamos nos adaptar à
nova realidade. Portanto, mesmo que estejamos em casa, como é o
recomendado, ficar sem ação não é uma opção. O momento atual, além
de exigir as práticas básicas de boa gestão, incluindo o
aconselhamento com especialistas, requer o estabelecimento de
iniciativas que vão corroborar para enfrentar esse momento que não
sabemos quanto tempo irá durar. Instituir um comitê de crise para
ingressar em um modo de gestão e operação em que as decisões sejam
tomadas, implementadas e comunicadas, de maneira remota e mais
rapidamente, é fundamental.
Assim como o Ministério da Saúde
faz recomendações à população sobre como evitar a contaminação do
coronavírus com procedimentos e protocolos a serem seguidos, se faz
necessário – mais do que nunca – adotar o mesmo caminho nas
empresas em que atuamos. Cada operadora de plano odontológico deve
seguir seus próprios processos internos e os procedimentos e
protocolos de atendimento validados pela agência reguladora para
divulgação junto às suas redes credenciadas e beneficiários. A
combinação de todas as ações visa a potencializar os aspectos de
segurança que envolvem a relação entre cirurgião-dentista e
paciente.
Sabemos que, para alguns tipos de
problemas e doenças bucais, é praticamente impossível que o
odontólogo deixe de atender seu paciente, porém há outros casos que
o profissional deve utilizar a tecnologia a seu favor para
consultas simples e orientações remotas. Por esse motivo, é de
extrema importância que as operadoras estejam preparadas para se
comunicar com seus públicos e deem todo o suporte necessário aos
cirurgiões-dentistas e usuários, levando informação de utilidade
pública, orientadas pelos meios oficiais do governo, e seguindo
protocolos que permitam passar por essa situação emergencial,
preservando ao máximo a integridade física de todos neste
processo.