O acordo da seguradora americana Aetna
para comprar a rival Humana por US$ 37 bilhões foi bloqueado por um
juiz federal, frustrando uma das grandes fusões que remodelariam o
setor de planos de saúde nos Estados Unidos. A Aetna afirmou que
considera entrar com recurso sobre a decisão.
Segundo o magistrado John D. Bates, de
Washington, a transição violaria as leis antimonopólio ao reduzir a
concorrência entre seguradoras. Com o fracasso do acordo, a Aetna
deve à Humana uma taxa de dissolução de US$ 1 bilhão segundo os
termos da fusão.
A decisão é outra vitória da campanha
iniciada pela gestão Obama para aplicar normas antimonopólio. O
impedimneto pode ser um mal sinal para a fusão planejada entre a
Anthem Inc. e a Cigna Corp. por US$ 48 bilhões, que foi questionada
pelo Departamento de Justiça e está à espera de uma decisão. – Se o
juiz bloqueou este acordo, há muito pouca, ou nenhuma, possibildade
de que o acordo Anthem-Cigna obtenha aprovação”, disse através de
nota Jason McGorman, analista da Bloomberg Intelligence.
As ações das seguradoras caíram. A
Aetna chegou a perde 2,3%, a US$ 119,75; Humana caiu menos de 1%, a
US$ 200,05.
PLANOS PARA IDOSOS
A decisão do governo contra a fusão se
concentrou no mercado de planos de saúde privados para idosos,
conhecido como Medicare Advantage. Os Estados Unidos sustentou que
o acordo entre Aetna e Humana teria eliminado a concorrência entre
seguradores de 3645 condados e 21 estados e provavelmente teria
obrigado a pessoas idosas a pagar valores mais altos pelos planos
Medicare Advantage. A Aetna afirmou que o mercado de Medicare é
muito maior do que indica o Departamento de Justiça porque inlcui
tanto planos para idosos quanto o Medicare original (voltado à
pessoas de baixa renda).
Bates defendeu o ponto do governo,
alegando que os dados mostram que há pessoas mais velhas que
preferem recorrer ao Medicare Advantage e que é pouco provável que
mudem ao Medicare original caso os preços do plano específico para
idosos aumentem.