A Chapecoense informou nesta quarta-feira que, junto com a CBF,
pagou as indenizações às famílias dos funcionários mortos na
tragédia na Colômbia. De acordo com o vice-presidente jurídico do
clube, Luiz Antônio Pallaoro, o valor refere-se ao salário que cada
uma das vítimas tinha registrado em sua carteira de trabalho,
excluindo aquilo que recebia por uso de imagem, por exemplo. O
acidente aéreo que vitimou jogadores, dirigentes e jornalistas
completa dois meses em 28 de janeiro.
— O clube pagou o equivalente a 28 salários que cada funcionário
recebia e a CBF mais 12 salários — disse o dirigente.
Além do valor pago pela Chapecoense, Pallaoro informou que está
agendado para o dia 8 de fevereiro uma reunião com representantes
das seguradoras para iniciar a discussão sobre o outro seguro a ser
pago às vítimas.
— No dia 6 de janeiro recebemos um comunicado de representantes
das seguradoras. A reunião deve ser realizada em Santa Cruz de La
Sierra, na Bolívia — disse.
Além desses seguros, a Chapecoense pretende mover ações contra a
empresa LaMia e o governo boliviano. Pallaoro afirmou que o
departamento jurídico do clube está estudando, junto com um
escritório de advocacia de São Paulo, qual é a melhor maneira.
— Mesmo que a LaMia não tenha capacidade para pagar, o governo
da Bolívia tem.
Ele listou todas as despesas do clube após o acidente, inclusive
com a contratação de um novo elenco, e garantiu que espera o
ressarcimento por meio das ações judiciais. Segundo Pallaoro, serão
gastos mais de R$ 1,4 milhão somente para registrar os novos
jogadores contratados.
Ações contra a Chape
Questionado sobre eventuais processos que familiares das vítimas
possam mover contra o clube, o vice jurídico não negou a
possibilidade. Entretanto, afirmou que a Chapecoense espera que as
famílias possam se unir ao clube para cobrar daqueles que, segundo
Pallaoro, são os únicos responsáveis.
— Vamos solicitar que todos entrem conosco nessa ação contra
quem causou os danos: a companhia e o governo que liberou o voo —
finalizou.