A Aite, empresa do Grupo Benner
especializada em serviços para a área de saúde e a Deloitte, com a
participação da Cultivare Prevenção e Promoção de Saúde-USP,
desenvolveram uma solução para gestão integrada de sinistro e risco
de Operadoras de Saúde Suplementar. O patrocinador do projeto é a
Federação das Unimeds da Amazônia (FAMA). A iniciativa ganhou o
nome de Projeto Elysium.
Segundo Marciano Almeida,
diretor técnico da Aite, a solução garante, por exemplo, a gestão
eficiente e a regulação médica padronizada de internações. “Sempre
de acordo com métricas validadas pelo DRG (Diagnosis Related
Groups), maximizando o resultado da auditoria de leitos
concorrentes e de contas”.
Utilizar processos padronizados
permite não só elaborar protocolos de uso de insumos, mas também
com o DRG, qualificar a rede hospitalar e avaliar respostas às
iniciativas, além de obter informações para o referenciamento a
prestadores.
O executivo da Aite esclarece
que a solução oferece as bases para a se maximizar a política de
gestão da saúde da Operadora, através da geração de conhecimento
com foco no risco, definição de indicadores de gestão, internos e
do meio ambiente, desenvolvimento e monitoração de instrumentos
preditivos e estabelecimento de diretrizes médicas.
Almeida destaca que a gestão
integrada do risco permite conhecer e monitorar o comportamento dos
beneficiários e integrar práticas e conhecimento acadêmico com os
custos, além de comparar os preços praticados. “Tudo isso resulta
em mais qualidade e redução de custos”.
A solução permite estabelecer
políticas claras e transparentes na atuação, através da segmentação
dos beneficiários por comportamento (frequência e utilização) e
valor (receita e despesa) e também pela segmentação da rede
credenciada por critério de custo-efetividade, qualificando o
atendimento.
Luis Fernando Joaquim, gerente
sênior de Life Sciences e Health Care da Deloitte, afirma que não
há nenhum outro fornecedor que entregue hoje a solução integrada e
o valor que a parceria conseguiu agregar à operação dos clientes.
“Além de metodologia e processos, as soluções carregam todo o
potencial do Analytics para prever situações e
gerar indicadores estratégicos. Estamos muito confiantes com os
impactos positivos que a solução trará para o mercado”, explica o
executivo.
Na opinião de Sérgio Siqueira,
diretor presidente da Cultivare (USP), o dilema representado
entre qualidade do serviço de assistência à saúde e a
sustentabilidade das operadoras de saúde se agiganta em
momentos de crise. “A redução de custos por corte de gastos nos
estratos mais expressivos ou a simples restrição aos atendimentos
pode ter êxito econômico no curto prazo, mas não proporciona
resultados sustentáveis”.
Para Siqueira, a
sustentabilidade depende da boa qualidade do serviço prestado,
impactando sobre a satisfação do beneficiário. Assim, é essencial a
adoção de programas que priorizem a promoção da saúde e o
empoderamento do beneficiário. “Ações essas que requerem profundo
conhecimento médico dos beneficiários, bem como do comportamento de
uso do plano. A implantação destes princípios exige uma
abordagem multidisciplinar integrada. Técnicas de inteligência
analítica permitem definir estratégias que resultem em redução de
custo pela otimização dos recursos, sem comprometimento da
qualidade da atenção à saúde”.
Por fim, o diretor da Cultivare,
afirma que o emprego de conhecimento médico acadêmico, com
conceitos de medicina baseada em evidência, colabora para o
aprimoramento da rede de assistência e consequente melhora no
tratamento aos beneficiários.