Marcelo Crivella vai entrar em sua
primeira batalha como prefeito do Rio. Ele afirmou que vai cobrar
uma dívida dos planos de saúde com a prefeitura em exames e
serviços. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge)
reagiu. O órgão afirmou que “é preciso verificar se a proposta
aventada é legislativamente factível”. O valor da dívida chega,
segundo o secretário de Saúde, Dr. Carlos Eduardo, a R$ 500
milhões, referentes a Imposto Sobre Serviço (ISS) não pago.
Crivella declarou que vai recorrer ao Ministério Público.
— Chegou a hora de chamar o Ministério
Público e o Tribunal de Contas do Município para fazer o acerto de
contas. Se eles não podem pagar tudo, que nos ajudem com consultas,
especialistas, exames e cirurgia de baixa complexidade — disse o
prefeito. A Abramge afirmou que aguarda detalhes da proposta de
Crivella e que, a princípio, o assunto “aparenta ser estritamente
de competência da prefeitura e de operadoras específicas”.
O prefeito quer ampliar a rede de
Saúde, mas sem construir novas unidades. O setor é objeto de uma
parte importante dos decretos publicados ainda no domingo pelo novo
prefeito no Diário Oficial. Um dos objetivos é aumentar em 20% o
número dos leitos nas unidades de saúde. Além disso, o governo
pretende reforçar o atendimento por especialistas: um dos decretos
determina avaliação da contratação de ginecologistas e pediatras
para as clínicas da família.
Crivella ordenou ainda auditoria sobre
o critério de seleção das organizações sociais no setor e o
desenvolvimento de um plano para implantar policlínicas. Outro
decreto institui estado de alerta contra dengue, zika e
chikungunya.