A Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) autorizou o reajuste nos planos de saúde
individuais e familiares em 13,57%, sendo que a inflação registrada
no período foi de 9,28%. Ou seja, a alta no valor dos planos é de
4,3% maior que a inflação.
A medida atinge os contratos
vigentes desde janeiro de 1999. O reajuste vale para planos com
aniversários entre maio/2016 e abril/2017. Então, os contratos que
já venceram em maio e os que vencem em junho, também podem ter a
cobrança retroativa.
O autônomo Manuel de Jesus Osório
diz que a mãe dele paga quase R$ 800,00 de plano de saúde: "É um
absurdo, toda hora está aumentando". E com tanto aumento, muita
gente já não consegue mais pagar pelo convênio médico: só em 2016,
mais de 600 mil usuários no país cancelaram seus contratos, segundo
a associação que representa o setor.
O engenheiro civil Gustavo Lisboa
está desempregado e só não parou de pagar o seguro de saúde, porque
a família ajuda nas despesas. São R$ 573 por mês, para cobrir a
saúde dele, da esposa e de um filho. Para ele, o aumento vai fazer
muita diferença: "Principalmente porque eu não tenho renda. Então,
é um aumento de R$ 50 ou R$ 60? Sim. Mas, suponhamos que nós usemos
o plano, que é participativo, então o aumento vai beirar R$ 100 ou
até mais, depende da quantidade de exames, depende do que for
pedido pelo médico. Vai realmente ser um aumento muito impactante
pra gente".