Associações e cooperativas que
comercializam seguros piratas no Paraná estão acuadas diante da
firme atuação conjunta dos sindicatos locais dos corretores de
seguros (Sincor-PR) e das seguradoras (SindiSeg PR/MS). A
promotoria do Ministério Público de Cascavel já ingressou com ação
civil publica baseada no pleito dessas entidades e, na 5ª vara
civil daquela cidade, a juíza que está a frente do processo
concedeu tutela, proibindo a venda do produto por uma associação
local e estipulando multa diária caso a decisão não seja obedecida.
“Estamos colhendo resultado do trabalho agora. Esse resultado é
espetacular, principalmente porque outros inquéritos devem
frutificar na mesma linha’, comemora o advogado Luiz Carlos
Checozzi, do Checozzi & Advogados Associados, que representa o
Sincor-PR e o Sindseg PR/MS nessas ações.
Ele acrescenta que em Curitiba há
“15 ou 16 associações” requeridas nesses processos, fruto de um
trabalho iniciado há dois anos, primeiro no sindicato das
seguradoras e, depois, com o Sincor-PR.
Essa cruzada teve como ponto de
partida uma série de pleitos e requerimentos junto ao Ministério
Público em face de associações que se aventuraram a explorar o
seguro, sem ter autorização legal para isso. “Atuamos através de
vários requerimentos em várias comarcas do Paraná, não apena em
Curitiba. A maioria desses requerimentos está com o a promotoria de
defesa do consumidor do Ministério Público, na iminência de
ingressar com ação civil publica”, adianta o advogado.
Na avaliação dele, é possível
esperar que essa ação repercuta também nos demais estados, com o
apoio da Susep, que também recebeu diversos ofícios pedindo
informações sobre essas associações que atuam como seguradoras
piratas e, portanto, de forma ilegal. “O Decreto 73/66 proíbe a
exploração de seguros por empresas que não são constituídas na
forma de sociedade anônima. Essas empresas também não fazem
provisões técnicas para garantir segurado. Então, dificilmente
poderão arcar com o pagamento de sinistros, acentua Checozzi.