O
preço do seguro de um automóvel em Bauru é praticamente a metade do
preço cobrado por uma mesma apólice em cidades como Diadema, no
ABCD paulista, segundo pesquisa realizada pelo BOM DIA junto à
companhias seguradores.
Isso
ocorre porque na hora de fazer o seguro do automóvel, o CEP (Código
de Endereçamento Postal) do cliente pode fazer uma enorme diferença
no preço da apólice.
Na
tentativa de “praticar a justiça tarifária”, como chamam, as
seguradoras se empenham em criar perfis risco cada vez mais
complexos para definir o quanto cada cliente vai pagar
anualmente.
E a
diferença no perfil dos clientes evoluiu muito além do clássico
“mulher paga menos porque se arrisca menos”. Hoje, detalhes como se
o trabalho do cliente tem estacionamento ou se o trajeto de casa
para o trabalho passa por determinada região, influenciam
diretamente no custo.
“Quanto mais complexo, mais justo vai ser”,
afirma Arnaldo Odlevatti Júnior, delegado regional do Sincor-SP
(Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo). “No
futuro, as seguradoras terão ferramentas ainda mais precisas para
mapear os riscos.”
De
acordo com Odlevati, as diferenças regionais são uma ferramenta
legítima e necessária, uma vez que as seguradoras trabalham com
fundos que variam de acordo com o número de sinistros. Ou seja,
quanto mais acidentes, roubos ou outros danos houver, mais caro os
segurados terão que pagar para repor o fundo da seguradora e manter
o serviço.
“Hoje
temos regiões com definição de perfil de risco, que se cruzam com o
do condutor”, diz Odlevati. Ou seja, em Diadema, onde ocorrem mais
roubos e furtos, o seguro de um Gol é quase o dobro do preço do que
o mesmo modelo em Bauru, cidade cujo perfil só é mais caro que o de
Rio Preto, segundo a pesquisa do BOM DIA..